Uma Nova Realidade

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Em Algum Lugar Na Realidade

As coisas estão confusas por todos os lados e não importa para qual lado decida caminhar, sempre haverá um pouquinho do caos para puxar seus cabelos, abrir bem os seus olhos, arrancar seus braços, não literalmente, lhe dar arrepios na espinha, te fazer olhar para trás duas vezes antes de seguir caminho. Vendo de um determinado ponto em um castelo branco no topo de uma montanha que costumam chamar de "Montanha Que Tudo Vê", claramente se pode ter uma boa ideia do que os acontecimentos dos últimos vêm causando nas pessoas.

Mexer com o espaço e o tempo requer uma sabedoria infinita capaz de sempre estar aprendendo. Para isso existem vários tipos de seres espalhados pelo cosmos com funções parecidas para manter a ordem, muitas das vezes se juntando para determinar e dar fim em eventos menores que a convergência, a qual não pode ser impedida por simplesmente quererem isso. No entanto, seu descontrole pode ser evitado por meio de magos de alto nível, vindos de muito longe, mandados para o seu quase núcleo para o manter estável. E por sorte ou talvez ser um agente causador do descontrole deste evento tão aguardando, a Rainha Stien, a primeira de seu nome, mais uma vez no ano, está sendo convocada para trabalhar nisso.

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Em formas físicas elegantes compatíveis com o mundo em que estão, as três tecelãs do destino se aproximam do castelo branco com cautela para não serem expulsas como foram da última vez. Ambas olham entre si ao chegarem no pé da imensa escadaria, que aparenta ter dobrado seu tamanho ao terem colocado seus pés diante delas.

Morta ─ Vaca, adora fazer esses joguinhos.

Décima ─ Já é quinta vez que tentamos falar com ela e sempre somos mandadas de volta para casa, o que queria em troca? Um cervo? Um troféu?

Morta ─ Que ela parasse de ser uma velha amargurada que se esconde atrás de escadinhas falsas que não levam a lugar nenhum! ─ Esbravejando aos quatro ventos, Morta vai em frente para dar o passo esquerdo rumo a mulher sentada no trono com cara de poucos amigos.

Nona ─ Vamos fazer isso juntas, para não correr o risco de... ─ Assim que o pé de Morta toca o primeiro degrau, o barulho do seu sapato ecoa como uma melodia ruim, ambas são teleportadas para dentro do castelo branco, diretamente na sala do trono onde está a entrada principal. O lugar está escuro, as velas já estão quase no fim, não há som de nada, apenas o frio abraço da escuridão. No final do corredor cheio de pilastras adornadas em decorações feitas a mão brancas como marfim, os olhos alaranjados

Stien ─ Senhoras, vamos manter o decoro e não gritar na porta de casas alheias!

Morta ─ Quanto blá-blá-blá, até parece que você é tão culta assim...

Stien ─ Se vieram aqui por conta da convergência, sugiro que deem meia volta e parem de perder tempo, não poderei fazer nada a respeito. Além disso, vocês já têm magos suficiente para resolver o problema.

Nona ─ Sabe que dessa vez o problema é maior, que a sua linhagem inteira está envolvida nisso, não sabe?

Stien ─ Cloto, minha querida, eles podem resolver isso sozinhos, são mais capazes do que nós quatro juntas, sabe como são os jovens!

Morta ─ Não use nossos nomes, não gostamos que eles sejam pronunciados por vacas egoístas como você.

Stien ─ Quanta empolgação para uma só visita. De qualquer forma, ela já tem tudo sob controle e se eu intervir agora, com certeza vai me odiar mais do que já odeia e facilmente viria até mim com sangue nos olhos.

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