Deixe-me Apresentar

58 5 7
                                    

🌛🌜

Agora

Quando foi concebido após o grande inverno rigoroso nos anos de ouro de seus pais, ele nasceu carregando o ódio pela nação que excomungou sua mãe por muitos anos, a tratando como um bode expiatório para fins que os mesmos não conseguiam resolver. Ela se tornou um menino forte, com um poder destrutivo capaz de dizimar terras inteiras, apagar raças do mapa sem deixar rastros, assim como a mulher que lhe deu a vida.

Como prometido, juntou-se as fênix e implorou para elas em nome de sua mãe, para que montassem um círculo de fogo em volta das terras caídas, uma proteção divina para que o sangue da mulher não fosse derramado em vão. A quilômetros pode-se ver as chamas tocarem o céu, circularem como quem roda ao redor da fogueira, gingando uma boa música antiga vinda dos elfos, formando formas que olhos novos não podem reconhecer, assustando os guardiões recém chegados para tentar impedir S/n, jurados em si, que a mesma deseja acabar com o mundo. Os espíritos que sussurravam para o menino, voltam a tornar-se visíveis, criaturas de beleza divina para encher os olhos de qualquer um, agraciados por encantos que somente eles tem, acostumados a viver em lugares como ali.

Aylin ─ Contemplem seus bastardos imundos, a grandiosidade da mulher que vocês amaldiçoaram a vida toda. Sem essa mulher, vocês não seriam capazes de nada, estariam acabados e fadados ao fracasso, porque em todas as vezes em que não conseguiam concluir alguma coisa, era ela, era a minha mãe a quem vocês pediam ajuda. Mas eu jamais vou permitir que o sacrifício dela faça parte da vida de qualquer um de fora dessas terras, nem que eu tenha que matar cada povo nesse lugar. ─ Seus berros são altos e mesmo que esteja em cima de sua fênix, é possível ver com clareza, suas lágrimas de ódio, sua repulsa para com os homens e mulheres no chão.

Hange ─ Erwin, o que eles querem fazer com a S/n?

Erwin ─ Querem impedi-la de restaurar os reinos caídos e salvar o nosso povo. Ela só está ali naquela pira, por culpa de cada um deles do lado de fora dessa areia escura.

Hange ─ Me dá uma espada, alguma coisa que eu possa usar. ─ Como uma boa guerreira, a mulher encara o amontoado de pessoas armadas do outro lado, que mesmo com o surgimento da suprema guardiã, não baixaram suas guardas e suas armas.

Elouan ─ Jovem, vocês terão que por um fim nisso, nossas almas estão começando a desaparecer, a seguir em frente, não poderemos lutar ao seu lado!

Hange ─ Não se preocupe, senhor, lutamos a vida toda, sabemos como lutar com um bando de malditos como esses. Lutar com fracassados que tem algum tipo de poder, não é uma novidade. ─ Aproximando-se de si, um jovem rapaz alto de ombros largos, de pele cor Ágata marrom marcada por cicatrizes, olhos avermelhados, cabelos curtos na altura do ombro, curva-se diante de si e lhe oferece um trio de espadas, esculpidas a mão, com esconderijos para aqueles que portam do conhecimento para o campo de batalha.

─ Ela pediu que eu lhe entregasse essas espadas, me perdoe por demorar a me aproximar, estava cuidando das crianças que estavam com medo dos gritos dos outros guardiões!

Hange ─ E por quê você tá se ajoelhando, levanta desse chão e vamos proteger a minha amiga! ─ Tomando as espadas da mão do jovem, Hange se coloca em frente a pira sem medo de enfrentar as pessoas do outro lado. As coisas simples que passam em sua mente, facilmente a fariam rir, afinal, para si mesma, há pouco tempo, morreu queimada por um titã e acordou em uma terra desconhecida, seguindo um rastro de sangue em direção a um caminho. ─ Se querem ela, vão ter que passar por mim, seus cretinos de merda. Quero ver se são bons de verdade sem o poder desse tal ajudante, seus fracassados ridículos.

Sasha ─ É isso mesmo, quero ver quem vai ser o otário que vai cair pra dentro, vou fatiar um por um! ─ As pessoas que vieram com elas, as acompanhando após a morte, juntam-se em volta da pira, cobrindo o corpo de S/n das vistas das pessoas do outro lado, daqueles que se dizem guardiões e não guardam nem a si mesmos.

Eren ─ Vão com calma, eles são mais fortes que nós.

Erwin ─ Mas são mais fracos que eu! ─ Aproximando-se, suas espadas tilintam nas bainhas cobertas por sua capa, desesperadas por uma única ação sua.

Aylin ─ O que estão esperando, não vão atacar, não tem coragem suficiente pra isso? ─ O garoto desce de seu pássaro e coloca-se em frente ao amontoado de pessoas para lidera-los rumo ao seu inimigo, decidido a fazer um segundo massacre.

Erwin ─ Eles estão esperando alguma coisa, não estão sozinhos nisso!

Aylin ─ Acha que ele irá aparecer?

─ Vocês são uma piada pronta, uma raça que deveria ter caído sem sobrar nada. Mas são como baratas, baratas inúteis que precisam ser exterminadas. ─ Com capuz cobrindo-lhe a metade do roto, um sorriso descarado em seus lábios, vestes elegantes e quinquilharias valiosas penduradas pelo pescoço, em volta de seus dedos e presas em suas roupas, um homem surge, faceiro e incoerente do meio da multidão.

Erwin ─ Você acabou de aparecer como um rato e nós é que somos as baratas?

─ O meu surgimento não anula o fato de serem seres nojentos rastejando por uma terra que não pertence a esse sangue sujo que carregam em suas veias. Não sei como os deuses puderam escolher uma racinha tão quanto, chega a dar dó.

Hange ─ E quem é você, seu bastardo?

─ Oh, que descuido o meu... Sempre me esqueço de me apresentar. Mesmo que sejam animais preparados para o abate, gosto de manter a boa educação.

Eren ─ Desembucha, ninguém quer te ouvir ficar falando.

─ Já que a senhorita perguntou, estou inclinado a responder. Muitos me conhecem por ser o filho do caos, nome que acho exagerado. Mas meu real nome é Gasphar, o filho prodígio de Hestow o traidor. ─ Retirando o capuz de sua face, sua cara é exposta para as pessoas opostas a si. Um jovem homem de altura elegante, olhos esmeralda, cabelos tão cinzas quanto os de seu pai, pele bronzeada que faz contraste com o tecido da sua roupa, orelhas pontudas e uma elegante ametista cravada em sua testa.

Aylin ─ Vadia exibicionista, seu papai covarde te mandou aqui, foi?

Gasphar ─ Essa foi a educação que sua mãe te deu?

Aylin ─ Maldito filho de elfo negro banido, sua raça é uma escória. ─ Os olhos do jovem de cabelos brancos se tornam negros, as pontas de seus dedos faíscam e tornam-se escuras, em sua cabeça chifres adornados em um líquido espeço, brotam como muda, cascos surgem em seus pés, tornando-se uma figurada nada angelical.

Gasphar ─ Quem é o exibicionista agora?

Erwin ─ Já chega. ─ As espadas saem de dentro das bainhas e voam para o alto juntando-se no céu causando um forte brilho. ─ Vocês não deveriam estar aqui, essas terras não pertencem a vocês, o círculo de fogo criado é uma prova viva disso e se não quiserem ter nada a ver com assuntos do meu povo, apenas peguem suas coisas e saiam.

Gasphar ─ Sair? Nós não vamos sair. ─ O homem passa a dar passos a diante, indo contra qualquer tentativa de Erwin, contra qualquer ameaça de Aylin, contra qualquer xingamento de Hange. Gasphar claramente é o mais velho ali e com certeza o mais forte, com experiência em batalha, cortar com isso é o que lhe faz ser certeiro no que deseja.

🌛🌜

─ O cabaré tá abrindo galera, a coisa vai feder

─ Amados no geral, leia Nasty Desires

─ Quando a mamacita acordar, vai botar geral pra mamar

Paths Of The Guardians | Destinies | S/n + Levi | AotOnde histórias criam vida. Descubra agora