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Ela É O Mal Part 2

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Levada contra sua vontade nos braços do guardião caído pelos céus noturnos até o seu castelo negro nas terras amaldiçoadas, a mulher não teve muitas chances de se livrar do fardo de pertencer ao clã de Hestow. Fraca por não estar preparada suficiente para combater inimigos aparentemente mais fortes, suas escolhas eram tão pequenas quanto suas pupilas ocultas na branquidão de seus olhos escancarados antes do homem a curar.

A chegada de S/n no castelo de Hestow, não foi uma das melhores para alguém que tem apenas a si mesma como fonte de confiança. Os inúmeros homens moradores do lugar, não gostaram da sua presença extremamente marcante e graças a inconveniência do caído, o lugar se tornou uma zona cheia de reclamações e homens frustrados por estarem sendo subestimados com a presença de uma mulher tão baixa como S/n. Porém, toda via, ao abrir seus olhos em um lugar totalmente desconhecido, um quarto decorado de forma nada simplista, completamente preto com poucos traços em cores fortes como o vermelho, se sentiu completamente extasiada com tamanha beleza para um lugar cheio de homens.

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Após vestir um vestido deixado na beirada de sua cama, provavelmente deixado por Hestow para que ela pudesse se trocar, ela desceu as enormes escadas seguindo um dos criados do homem até a sala de jantar. Usando um vestido todo em preto, com bordados da mesma cor por cima de um tecido cinza que vai do busto abaixo de seu umbigo formando um pouco mais a sua cintura que estava escondida pelas peças desorganizadas, com mangas compridas e detalhes em prata na altura dos cotovelos, nas mangas um babado exagerado que vai além dos seus braços e em sua cintura um fio prateado da própria matéria; a faz sentir-se completamente desgostosa, com os nervos a flor da pele e uma grande vontade de sair correndo porta a fora para nunca mais voltar. Mas sua fuga seria uma grande burrice, não conseguiria passar da primeira porta de saída.

Hestow ─ Você esta maravilhosa com esse vestido, um dos melhores das coleções que tenho! ─ S/n adentra a sala de jantar com a cara fechada e seus olhos vasculhando todo lugar o achando medíocre como seu dono.

S/n ─ Gosta de se vestir de mulher? Já mais esperaria isso de alguém como você. ─ S/n debocha das hospitalidade do monarca, continuando parada no mesmo lugar.

─ Como ousa referir-se ao mestre dessa maneira, sua vadia mesquinha? ─ Um homem com o dobro do tamanho da mulher, cabelos vermelhos e curtos, olhos verdes como rubis, vestido com uma armadura de prata se levanta e mira seus olhos na pobre mulher em perigo.

S/n ─ Acha mesmo que me xingar de vadia vai mudar alguma coisa? Eu não me importo.

─ Claramente vadias não se importam em ser chamadas pelo que são!

S/n ─ Esse não é o caso, eu realmente não ligo para o que você ou seus amigos pensam de mim, estou nessa... coisa contra a minha vontade e se te incomoda tanto, não é algo que seja um problema meu.

─ Sua órfã maldita!

Hestow ─ Max, já chega de agir como se fosse necessário toda essa cena!

Max ─ Ela não é digna de se sentar nessa mesa!

S/n ─ Não? Então eu vou indo nessa, tenham um bom almoço ou seja lá o que for toda essa comoção. ─ Ela se vira para poder ir torcendo que nenhum deles a empeça de seguir seu caminho, mas nem tudo é como se deseja.