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Lua Crescente

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Passado

Escondida em uma caverna afastada de tudo e todos, com medo até mesmo da própria sombra, ela ainda sente o cheiro podre de seu corpo ao ser atingido pelas chamas cheias de ódio, queimando seus braços e pernas a atormentando com o terror da humanidade. Mesmo que tenham se passado quatro meses desde a sua sentença e a sua maldição lançada, seus braços e pernas ainda estão em carne morta e queimada, sendo possível ver seus ossos manchados pela podridão grudenta de seu próprio eu. Há dias não sente vontade de estar viva, comer ou dormir, apenas fica no fundo da caverna esperando que seu corpo reaja e ela possa se vingar daqueles que ousaram tentar matá-la.

Lunez ─ Ela não foi muito generosa mesmo que seja filha da rainha devota, por sorte eu não costumo seguir as regras dela. ─ Entrando pela passagem estreita e brilhando como uma vela branca, o homem de fios brancos vem surgindo e chamando sua atenção, a obrigando abrir um pouco mais seus olhos para poder ver quem teve a coragem de segui=lá até ali.

S/n ─ Quem é você? ─ Com a voz tão fraca quanto seu corpo, ela nem sequer se mexe para se livrar do intruso em seu sofrimento calado.

Lunez ─ Me considere um amigo que veio te ajudar!

S/n ─ Pessoas como eu não tem amigos, apenas um bando de interesseiros cercando como se fossem abutres nojentos.

Lunez ─ Quando orgulho para alguém que obviamente precisa de ajuda antes que vire comida de algum rato abusado! ─ Vendo que ela não pode se mexer e seus olhos já estão para lá de cansados, o homem de fio brancos a pega no colo e leva para fora da caverna mal cheirosa. ─ Vou te levar para um local seguro e não terá que se preocupar com fugir, e quando voltar, poderá se vingar daqueles que tentaram te matar.

S/n ─ Eu realmente vou matar todos eles. ─ Sentindo-se confortável nos braços do bom samaritano, ela se deixa dormir e volta aos tempo em que era apenas uma menina tentando se tornar alguém bom.

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Semanas se passaram e a mulher continuou dormindo por todos os dias que se seguiram, recebendo cura e tratamento para as suas feridas, ativando instantaneamente o poder de cura de seu corpo, restando apenas algumas marcas leves onde havia sido marcada pelas correntes que sugam a magia. No céu, a lua brilha crescente mostrando que a lua cheia se aproxima, a fase preferida para aqueles cuja a maldição mais solene vem dela e S/n por orgulho, tornou-se parte desse povo oculto que se entrega de bandeja para a deusa no topo da lua.

Lunez ─ Eu sei que acordou há duas horas atrás, não da pra ocultar a magia da lua quando se esta tão perto da lua cheia e se é novata. ─ Aproximando-se usando uma túnica escancarada no tronco branco, S/n pode ver o físico nada discreto do homem de cabelos brancos como a lua quando se põe pela manhã.

S/n ─ Quem é você?

Lunez ─ É verdade, eu nem sequer me apresentei aquele dia... Me chamo Lunez Shanen, filho da deusa da lua e agora o seu tutor até que esteja pronta para viver sozinha novamente!

S/n ─ Tutor? Eu não preciso de um branquelo me dando dicas de como usar algum poder. ─ Levantando-se o lençol que cobre seu corpo deixa de cobri-lo e seus seios ficam amostra para os olhos do homem perto da cama. ─ Não teve a capacidade de por roupas em mim?

Lunez ─ Quanto escandalo, não precisa ficar tão nervosa, não tem nada ai que eu já não teha visto!

S/n ─ Como é que é?

Lunez  ─ Estamos sozinhos nesse castelo, eu sou o único que poderia tratar seus ferimentos e além disso, o seu corpo ficou quente demais e a única forma de diminuir foi tirando suas roupas!