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Desperta-me | Parte 2

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Alucinação pura, delírio da parte de alguns, miragem, uma magia poderosa, um feitiço? Claramente um pouco da psicodélica sensação de se estar vivo em meio ao amontoado de situações de uma família tumultuada.

O sol brilha forte, em um tom que muitos não viam há um certo tempo. O céu está mais azul, as novas vegetações tem o verde mais encantador que os olhos podem enxergar. Os pássaros, os animais e os insetos vem de todos os lados adentrando os vales dos reinos chegando ao centro de onde o sangue parou de correr há um certo tempo. Todos haviam parado nas fronteiras, pois tinham medo de colocar suas pequenas patas para dentro, no entanto, as coisas agora estão diferentes e não há mais motivos para que corram.

Para os homens do lado errado da força, não há mais tempo algum para pedir misericórdia, para correr, implorar por suas vidas tão novas, choramingar ou culpar Gasphar por não seguir os planos principais de seu pai, que talvez sairiam bem e dariam certo. Graças ao filho que toda mãe sonha em ter, um feitiço limite deixado pelo fogo impede que qualquer outro guardião atravesse, facilitando o despertar ou reforços para o grupo de trapalhões de humor fraco.

Gasphar ─ Eu não vou cair nesse truque, meu pai me avisou que vocês fariam de tudo pra tentar enganar a todos nós. Fantasmas das pessoas que foram mortas há mais de cinquenta mil anos? Nem mesmo as pessoas que nasceram naquela época estão mais vivas, somente aquelas que se amaldiçoaram.

Aylin ─ Cala essa boca, eu não aguento mais ouvir você falando... ─ Sua transformação é rápida, seus braços ganham o tão escuro da morte, suas asas ganham força com o vento, seus pés transformam-se em cascos, a pele de seu corpo enrijece como pedra. Sua fúria cega seu pensamento lúcido, seus cascos ganham impulso no chão verde o fazendo soar voo em direção a Gasphar, sentindo um gosto familiar do sangue subindo pela cabeça. As pessoas em volta do homem, dispersam o mais rápido que podem ao notarem o ataque eminente, que acerta o arrogante em cheio em seu rosto de desdém e em seu tórax estufado de um orgulho que não o pertence. ─ Era isso que você queria, merdinha?!

Hange ─ É assim que se faz filho da S/n, derruba esse otário na porrada!

Erwin ─ Era de se esperar que ele acabaria assim, não sabe fechar a boca...

Sasha ─ Será que ele vão brigar feio? Não falta pouco pra S/n acordar?

Aylin ─ Levanta desse chão, você não queria brigar? ─ Com dificuldade, Gasphar se levanta do chão, ainda sorrindo de orelha a orelha, com manchas de sangue em sua roupas elegante.

Gasphar ─ E não é que o filhotinho amedrontado, é forte?! ─ Trocando as roupas com magia, deixando apenas uma regata branca no lugar, calças e os inúmeros colares, Gasphar avança contra Aylin como uma serpente maligna. ─ Hoje, vou te ensinar a ter um pouco mais de educação, coisa que sua mãe não fez! ─ Apenas usando dois dedos, o homem ergue o jovem do chão usando sua telecinese, o movendo bruscamente no ar. Como um valentão, Gasphar o sacode de um lado para o outro, para cima e para baixo, como quem prepara um coquetel, esquecendo-se que, Aylin pode revidar há qualquer instante.

Aylin ─ Tá se divertindo? ─ Uma mão toca o ombro de Gasphar com um pouco mais de força, aos poucos apertando seu ponto fraco entre o pescoço o fazendo parar de mover-se e ajoelhar.

Gasphar ─ Ainda não... ─ Tirando uma adaga escondida de dentro da sua bota, o homem perfura a barriga do mais jovem o fazendo recuar com rapidez.

Aylin ─ Seu covarde, agora eu seu como você e seu pai imundo gostam de agir! ─ Aylin se desequilibra e cai no chão, sentindo sua visão turva e a respiração cansada. A adaga no qual foi desferido o golpe em si, está embebida em um forte veneno, que mataria um ser comum e claramente afeta o que não morre. ─ Uma adaga envenenada? Que porcaria clichê... Como alguém pode ser tão baixo a esse ponto?