A Outra Eu e a Magia da Lua

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Mesmo que S/n tenha passado boa parte do tempo desacordada, inerte nas próprias inseguranças, sua versão sem papas na língua a atormentou mentalmente boa parte da noite, falando o quão fraca ela é e sobre o seu medo ridículo por algo que ela procurou com as próprias mãos.
Ao acordar e recobrar sua consciência sã, ambas as S/n's veem Levi encarando a S/n², de forma curiosa tentando entender o que esta acontecendo. Em seus olhos, é possível ver a profunda curiosidade de um homem que esconde sua criança interior, a curiosidade em querer saber o que pode acontecer e a original torce para que nada aconteça.

Levi ─ O que acontece se deixar esse ponder entrar?

S/n² ─ Tá achando que eu sei? Isso nunca aconteceu antes, tampinha de meia tigela.

Levi ─ Sua boca suja, você tem medo, não é? Achou que eu não iria descobrir.

S/n² ─ Eu sinceramente não me importo se sabe ou deixa de saber, não importa o que tente fazer, você é só um humano fraco, ridículo e sem noção.

Levi ─ Você sabe com quem tá falando, sua Insolente?

S/n ─ Ela sabe sim, me admira você cair no papinho furado dela. ─ Ao desviar o olhar para o canto direito da cela, Levi se surpreende ao ver uma segunda S/n jogada no chão em uma situação deplorável. Ele pisca alguns vezes pensando estar vendo coisas, mas realmente há duas delas na cela, cada uma completando a outra.

Levi ─ Como isso é possível?

S/n² ─ Ela sempre faz isso, divide o seu eu da versão em que a magia da lua conseguiu se fixar para não ter que lidar com o fardo que ela mesma caçou. Ela tem medo de ser controlada pela deusa, coisa que nunca acontece, prefere acreditar em histórias burras.

S/n ─ Você fala demais, nem parece que somos a mesma pessoa, coisa irritante!

S/n² ─ E você tem medo de ser a criatura mais poderosa que existe. Ama sentir o poder correndo por todo o seu corpo fora da lua cheia, mas quando ela vem entre as estrelas, você corre como um cachorro medroso!

Levi ─ Vocês são uma só pessoa, mas são completamente diferentes, são o oposto uma da outra, é curioso... ─ Levi se senta no banquinho trago pelo mesmo há minutos atrás, encarando ambas se alfinetarem por algo que já deveria ter sido resolvido há dois mil anos atrás.

S/n² ─ Não se engane, seu nanico insolente, ela é uma versão medrosa que não superou a perda dos pais e esconde toda a sua dor irritante atrás de uma máscara de ironia. E eu sou a melhor parte, que não tem medo de nada, que mata quando precisa e não importa se são amigos ou não, que ataca com tudo e não tem pena de olhos tristes.

Levi ─ É dessa versão que precisamos!

S/n ─ E por quê não enfia ela na sua bunda? ─ Mesmo que a outra parte esteja longe do seu corpo físico, sua alma pode sentir a irradiação dela tentando consumir seu corpo causando irritação.

S/n² ─ Que boca suja, jamais pensei que fosse assim, S/nzinha!

S/n ─ Eu acho que tá na hora, não é?

Levi ─ Hora de que?

S/n ─ Querendo ou não, essa maluca prateada tá certa, já chega de fugir...

Levi ─ Bom, eu realmente prefiro sua versão melhorada!

S/n ─ Não se preocupe, amorzinho, em breve ela vai ser fixa, mas não crie muitas expectativas!

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