O Encontro

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Todos acharam que a estadia naquele lugar seria rápida, que logo estariam em casa para terminar se resolver seus próprios problemas. No entanto, continuaram ali, firmes e fortes esperando o momento certo para se aproximar. Então dois meses se passaram, os anéis estavam purificados e ligados aquela terra, a terra estava pronta para recebê-los e receber a semente, receber as espadas.

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S/n é a primeira com coragem suficiente para se aproximar das pessoas que trabalham reconstruindo as coisas que foram perdidas. Ao longe ela enxerga a silhueta da pessoa que interessa, segurando uma pequena criança ao lado de seus companheiros.

Levi ─ Acha que ela vai agir com naturalidade?

S/n ─ Acho que não é a primeira vez dela vendo alguém igual a si próprio, ou lidando com algo que não entende!

Hange ─ Tínhamos mesmo que usar essas capas?

S/n ─ Durante esses dois meses que passaram, nomeei vocês como quatro dos treze guardiões que um reino precisa ter e todos aceitaram sem reclamar. Agora devem seguir algumas coisinhas básicas que um guardião deve fazer.

Levi ─ Meu medo é que tentem nos atacar, sou um deles de qualquer forma, sei como reagem ao diferente!

S/n ─ Eles são o diferente, querido. ─ Levantando um pouco seu olhar, ela vê a mulher a observar já sem a criança em seus braços. ─ E lá vamos nós! ─ Chegando perto suficiente, a mulher vinda de cá, sente-se observada pelos olhos curiosos da mulher do lado de cá. Segurando uma caixa e com uma capa azulada com treze linhas se entrelaçando, era de se esperar tal coisa. No entanto, esperava admiração e não desconfiança.

S/n² ─ Quem é você?

S/n ─ Sou alguém que vem te observando, acompanhando toda a sua jornada até aqui e creio que nomes não sejam necessários!

S/n² ─ E como vou saber se você não é um inimigo?

S/n ─ Porque eu não sou um inimigo. ─ Sua voz soa calma, aparentando estar cansada de viver, mas ainda assim continua por aí lutando suas guerras. ─ Esse quadro aqui é seu, certo? Recuperei antes que aqueles homens que voces mataram depois da batalham, destruísse todo o castelo. Sorte que não colocaram tudo abaixo.

S/n² ─ Por que dez isso?

S/n ─ Era o mínimo que eu poderia fazer! ─ Estendendo a caixa de ouro, pedras vermelhas e uma estrela dourada, que reluz fortemente a luz do sol, ela a abre para que a mulher em sua frente possa ver. ─ Aqui contém as coisas que marcarão a existência de cada um e você saberá o que fazer, e para quem entregá-los.

S/n² ─ E por que está me entregando isso? Eu não sei quem você é. ─ Mesmo que a mulher de capa saiba que a outra em sua frente sabe de quem se trata, ela se coloca em frente e ergue vagarosamente seu rosto, mostrando sua face marcante. ─ Você...

S/n ─ Eu sei que está em busca de um líder para o seu povo e sei que você sabe a verdadeira resposta para a sua procura e dúvida!

S/n² ─ E se não quiserem? ─ Respondendo ainda espantada com o que vê, a mulher gentilmente toca o rosto da quem usa a capa, sentindo a maciez de sua pele.

S/n ─ Não há como recusar a escolhida. Minha criança, querendo ou não, você é algum tipo de Santa que veio salvar toda essa gente. Sei que você tem seus demônios, mas mesmo assim, eles não te impediram de chegar até aqui e me ver frente a frente. ─ Entregando a pintura e a caixa nas mãos da jovem, ganhando o reconhecimento que esperava. Então, ela se afasta e vai ao encontro das outras três pessoas que a acompanham.

S/n² ─ É impossível... ─ Os três retiram a capa que cobre seus rostos e a deixam ver o que há ali. De onde estão, os quatro fazem uma grande reverência a jovem mulher e somem diante dela usando o teleporte comandando pela magia da mulher de cá. ─ Eu não disse que seria algo fácil?

Erwin ─ Saímos em tempo, os outros dois já estavam se aproximando!

S/n ─ Acha que eles não viram o rosto de vocês?

Erwin ─ Mesmo que tenham visto, vão ignorar. Não é?

S/n ─ Vai ficar guardado no fundo da mente deles e talvez um dia se lembrem, quando voltarmos aqui!

Edward ─ Irmã, me conte. Como foi encontrá-la cara a cara?

S/n ─ Claramente foi épico, mas ainda quero que fique de olhos bem abertos e a proteja de si mesma!

Levi ─ Como assim?

S/n ─ Lembra daquele demônio engraçadinho?

Levi ─ Lembro, mas o que ele fez com ela?

S/n ─ Ele não fez nada. Mas eu fiz, bani a irmã dele para algum lugar, e esse planeta foi o lugar. Certo que tirei os poderes dela os trancando em seu interior...

Edward ─ Mas isso não impediu que a linhagem dela, mesmo estando com os poderes demoníacos protegidos e tratados, herdassem tal "ameaça", principalmente se ela estivesse casada com alguém como eu.

Hange ─ Você ficou com um demônio?

Edward ─ Bom, não exatamente com ela. Mas com a filha dela sim e com isso tivemos filhos, que tiveram filhos... E chegamos até aqui, na nossa segunda S/n e os filhos dela.

S/n ─ Sendo quem ela é, ela pode quebrar o feitiço e se tornar alguma coisa. Afinal, a linhagem não dilui com o tempo, só fica mais forte.

Levi ─ E ela vai governar toda a ilha sendo uma bomba ambulante?

Erwin ─ Não é como se ela fosse explodir do nada, não é?

S/n ─ Exatamente... Senhores e senhorita, estão com fome? Podemos fazer um bom lanche antes de partir e ver se o povo realmente escolheu ela como rainha.

Edward ─ Não consegue ouvir, irmã? Sei que acabaram de sair de lá, mas a energia de um futuro tão próximo, já ecoa aqui. ─ Ficando todos em silêncio, o grito que S/n deu seguido das pessoas gritando seu nome e o de seus companheiros, ecoam pelo tempo e chegam ali, no meio deles. ─ Parece que o povo começou a pensar!

S/n ─ Escolheram os três... Por essa eu não esperava, só conseguia ver até onde o povo ia, mas não o que estavam pensando.

Hange ─ E não me escolheram? Que chatice.

S/n ─ Duvido que a Hange daqui seja só uma parte do povo. Ela evoluiu bastante nos últimos meses.

Edward ─ Então vamos comemorar! ─ Tirando de algum lugar uma bebida e algumas taças, o homem faz uma verdadeira festa, iluminando tudo e sorrindo de dar gargalhadas. Afinal de contas, até então, tudo saiu como deveria ser.

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─ O encontro entre as lendas veio aí

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