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O Que Temos Para Salvar

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Sentada diante de seus amigos, diante de algumas possibilidades, de ideias e momentos que virão pela frente, ela busca em sua mente as palavras certas para dizer, para iniciar a reunião de última hora. Porém, com suas mãos segurando as bordas da mesa, ela apenas consegue viajar para o seu íntimo mais profundo, através de suas memórias longínquas, cheias de histórias para serem desvendadas nos mínimos detalhes que talvez tenha deixado escapar.

E mesmo que esteja inerte em um mar de lembranças, a pergunta sobre o que irá fazer agora, não deixa de rondar as fendas que existem na mente de alguém que já passou por muito. Há coisas ali que terá de abrir mão e isso é um fato inegável, não haverá como contestar a veracidade disso ou achar contornos para escapar da realidade, não dessa vez.

Erwin ─ Se os portais naturais são a brecha que a convergência pode usar para passar por aqui, podemos achar uma forma de contê-los, retardar a evolução por um tempo até que voltemos para cá para deixar que ela corra sem problema algum.

Kaleb ─ Conter... Conter eu acho que é possível. Mas vai precisar de uma grande quantidade de magia e teríamos que ter ajuda e não sabemos se os outros realmente vão querer ajudar.

Hange ─ S/n? Aconteceu alguma coisa?

S/n ─ Sim. A convergência não é o único problema que teremos que enfrentar agora. Eu me lembrei bem, justo agora eu vi a forma como Hestow buscou os anéis em mim. Seus olhos ficaram a cada minuto me analisando aquele dia.

Eren ─ Esse cara quer tudo? Não tem nada nesse ligar que não tenha sido da mãe dele?

S/n ─ Ele não tem direito a nada, Eren, ele acha que tem, mas o único direito que lhe resta, é o de estar vivo!

Eren ─ Alguém devia ir lá e avisar isso pra ele, ou bater nele até ele entender...

Hange ─ O que vai fazer com os anéis?

Erwin ─ Eles estão fundidos em você, certo? Para tirá-los deve custar alguma coisa.

S/n ─ Não custa nada e é fácil. ─ Levantando-se da cadeira de madeira desenhada, seus pés vão de lá para cá guiando seu corpo, pensando e pensando, chegando a beira de sua decisão final para resolver um pequeno problema aparente e ir para o problema final.

Erwin ─ Os anéis, deixe os anéis com eles como fez com os outros três. Aquele mundo é um lugar seguro até agora, se esse for o problema, um lugar para esconder.

S/n ─ Acha que eles entenderiam uma estranha chegar neles dizendo para proteger alguns anéis porque são poderosos o suficiente para dizimar uma espécie?!

Erwin ─ Se aquela moça for como você, com certeza vai aceitar e não vai questionar o fato de estar ali entregando um punhado de anéis com poder.

Hange ─ Se for assim, eu quero ficar naquele mundo pra vigiar os anéis. Além disso, eu posso descobrir muitas coisas sobre aquele lugar, se o mundo é realmente igual ao nosso, se os rastros dos titãs são parecidos, se as pessoas são realmente parecidas. Imagina se cada traço deles forem iguais aos nossos?

Eren ─ Aí seriam eles que estariam em perigo, Hange!

S/n ─ Exatamente, alguém tem de ir para proteger não só os anéis, mas eles também!

Eren ─ Eles não são totalmente iguais a nós?

S/n ─ Apenas uma é igual, no entanto, eu não sem cem por certo da história daquele mundo, meu irmão se recusa a me dizer toda a verdade. Mas eu duvido que ela tenha alguma coisa sobre-humana.