Capítulo Vinte

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"Viver é enfrentar desafios

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"Viver é enfrentar desafios. Quem nunca enfrentou desafios, apenas passou pela vida, não viveu." -Augusto Branco

|Catherine|

-Você sabe que está sendo absurdo, não sabe?

Eu pergunto estreitando os olhos em sua direção, ao mesmo tempo, em que engulo a saliva com certa dificuldade em minha garganta, tentando disfarçar o rubor que queima minhas bochechas neste exato instante em que estou pressionada contra o corpo rijo e musculoso desse idiota. Verdade seja dita, por mais que eu deteste algumas atitudes de Frederick e na maior parte do tempo eu queira lhe desferir uns belos socos, porém, eu não posso negar o óbvio, ele é um homem extremamente viril, belo e atraente, que consegue estremecer as estruturas de qualquer mulher que tenha um bom par de olhos funcionando. 

E eu não sou uma exceção à regra. Claro que não. 

Frederick mexe comigo de muitas formas. Principalmente depois do tipo de envolvimento que já tivemos no passado, entretanto, eu também não sou idiota de cair tão facilmente em sua lábia de falso príncipe bonzinho. Sei que ele está tramando alguma coisa para cima de mim, mas ainda não descobri o que é de fato. Contudo, como eu não tenho muitas opções no momento, o que me resta é fingir que estou quieta por um tempo, sem protestar ou ir contra suas ordens, jogar o seu jogo segundo suas regras, até conseguir descobrir os seus planos e tentar vencê-lo de alguma forma. 

-Não penso da mesma forma que a senhorita. Oras, vamos lá querida Cath, não é tão difícil assim, então por que não tenta?

Ele diz com uma mistura de ironia e provocação, que me deixa levemente irritada, mas me controlo e também entro em seu joguinho infantil.

-Tudo bem. Acho que posso fazer isso, pois é apenas um pedido razoável, certo, querido Fred?

Eu o questiono com um sussurro baixo ao descer o olhar para sua boca e fitá-la entreaberta, com o ar saindo e entrando rapidamente, como se ele estivesse bastante ansioso com alguma coisa. Ora, ora... veja só... É o que penso com bom humor e certa dose de maldade, e logo, ergo as duas mãos, e as coloco nas laterais de seu rosto, para nos aproximar ainda mais, até que nossos narizes se toquem.

-Assim está bom para você, Fred? 

Faço a pergunta roçando meus lábios contra os seus, ele fecha os olhos de imediato, puxa o ar pelo nariz com força e o solta quando insinuo que irei beijar sua boca, mas apenas permito que minha boca toque seu lábio superior, mas logo em seguida eu me afasto bruscamente, fazendo com que ele se assuste e acabe me soltando do aperto dos seus braços. Graças aos céus, eu agradeço silenciosamente dentro da minha mente, pois não sei por mais quanto tempo aguentaria continuar com esse jogo estúpido. É o que concluo com o coração acelerado e as mãos suando, que eu logo trato de secá-las no tecido do meu vestido.

-Você não me respondeu ainda.

-O que?

-Está bom ou não?

A Sombra do Passado [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora