Lorena Viana
Helena me arrastou pela cidade de São Paulo durante uma hora e meia. Ela jura que é auxiliar de turista, e me apresentou a cidade como se fosse veterana daqui.
Voltei pra casa morta, porque a bonita teve a excelente idéia de andar apé pelo centro da cidade pra evitar pegar trânsito.
– Boa tarde Afonso. — comprimento o porteiro com a voz ofegante.
– Boa tarde dona Lorena. — acena pra mim. – Às suas malas chegaram.
– Chegaram? — minha energia até volta, bato palminhas com empolgação. – Cadê? Onde? Quando?
– O Raphael pegou pra você. — ele me fala e eu arqueo as sombrancelhas. – O Raphael Veiga, conhece?
Não não não, ele só pode tá brincando. Fala que você tá brincando Afonso. Por favor.
– Co-conheço!? — gaguejo e minha resposta saí ridícula.
– Ele disse que é seu vizinho e que ia te entregar na sua casa. — Afonso me responde na maior naturalidade. – Qualquer coisa o você bate lá, o apartamento dele é o 104.
Vou lá sim, confia Afonso, CONFIA.
– Tá bom, obrigado. — ofereço um sorriso pra ele mas logo quando dou as costas minha cara é de completo desespero. – Por que que esse infeliz pegou minhas malas? Puta que pariu, pelo visto o que ele tem de beleza, tem de inconveniência.
Subo de elevador no puro ódio, pensando como vou abordar esse... esse... Aí que ódio.
– É óbvio que ele não deixou na porta do meu apartamento, é óbvio. — converso comigo mesma quando desço do elevador. – Ele realmente levou pra casa dele, puta que pariu.
Dou a volta no corredor e sigo andando até sua casa. Durante o caminho fico pensando o porque dele ter feito isso. Será que é uma vingança por não ter conseguido uma "apresentação digna" minha ontem?
Paro em frente a sua porta e respiro bem fundo antes de bater. E ela não demora a se abrir, tenho a leve impressão que ele estava esperando por isso.
Mas assim que eu reparo melhor nele perco totalmente minhas forças, minha postura de ódio quase se desmonta na frente dele.
Raphael está sem camisa, com cabelo molhado e o peitoral suado subindo e descendo de maneira constante. Os músculos do peito dele são tão altos e definidos que é como se ele estivesse esfregando na minha cara toda sua gostosura.
– Veio buscar suas malas? — pergunta me tirando do tranze.
Pisco os olhos algumas vezes tentando despistar todas às posições sujas que eu imaginei ver ele suado assim.
– É? — engoli seco. – É. Sim, vim buscar minhas malas. — eu mesma respondo minha pergunta e ele ri.
– Certo. Entra aí. — dá espaço pra que eu passe pela sua porta.
– Não, eu...eu — meus olhos mais uma vez desviam pro seu corpo. Puta que pariu, porque tem que ser tão gostoso?
– Pode entrar pô, eu não mordo. — insiste. – Além do mais, você interrompeu meu cárdio.
– Isso não teria acontecido se você tivesse deixado minha mala lá embaixo. — cruzo os braços. – Inclusive, por que você pegou hein?
– Porque a dona não estava lá.
Oi? Isso foi um flerte?
Ai minha pressão. Vou desmaiar.– Se você estivesse em casa, eu não precisaria ter buscado a sua mala. — não, não foi um flerte, nossa, sinceramente... – Eu só quis ser educado, porque da última vez que te vi carregando uma mala foi um desastre. — solta uma risadinha.

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𝐏𝐈𝐋𝐀𝐍𝐓𝐑𝐀 - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.
Fiksi PenggemarOnde o Raphael Veiga romântico e fofinho será consumido pela sua versão 𝐏𝐢𝐥𝐚𝐧𝐭𝐫𝐚. #1 - Palmeiras [25/11/2023] #1 - Raphael Veiga [22/01/2024]