𝐏𝐈𝐋𝐀𝐍𝐓𝐑𝐀 - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.

062. SUA NAMORADA.

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Se baterem a meta volto hoje ainda

com um hotzinho. 👀

📍AP DA LORENA

Raphael Veiga

– Eu nem tenho roupa pra esse evento. — Lorena reclama pela milésima. – Sério Veiga, e se sua mãe não gostar do que eu vestir? A primeira impressão é a que fica, né?

Estou sentado no sofá com os braços apoiados no escoro enquanto ela tá lá do quarto falando. Em minha defesa, a própria me expulsou do quarto com a desculpa de que ver ela pelada no sexo e ver assim, é totalmente diferente.

– Minha mãe já viu você Lo, não é como se fosse a primeira vez. — respondo de volta.

– É a primeira vez como sua namorada. — saí do quarto com um vestido longo rosa no corpo. – Esse ficou bom?

– Se ficou bom? — arqueo as sombrancelhas. – Tem alguma coisa que te deixa feia?

Apoio minha bochecha na mão cedendo minha cabeça um pouco pro lado pra avista-lá melhor.

– Tem várias... — bufa, ajeitando a parte de cima do vestido. – Sério, tipo... Sua mãe não vai me achar muito espalhafatosa?

– Espalhafatosa? — solto uma gargalhada. – Com essa gíria de velho, você vai conquistar minha mãe fácil.

– Idiota. — a mão dela espalma no meu peito.

– Assim ela não vai gostar de você, tá batendo no filho dela. — faço um drama.

– Você bem que tem cara de filhinho da mamãe mesmo. — dá risada. – Fico imaginando sua mãe te tratando igual um bebê. — cruzo os braços enquanto ela ri dá minha cara.

– Eu também te trato igual um bebê. — franzi o cenho. – Já te dei banho, já te fiz dormir, até mamadeira eu já te dei... E foi mais de uma vez ainda. — debocho, tomando mais um tapa, dessa vez no braço.

– É óbvio, ele tem que fazer as piadinhas de adolescente tarado. — revira os olhos.

Nada mais me impressiona em mulheres no geral. Parece que todas tem sempre os mesmos questionamentos, sobre o corpo, sobre sogras, sobre as amizades, sobre quem influência seus parceiros, sobre nos homens, sobre tudo. Elas sempre têm um pré julgamento sobre as coisas. E sabe o que é pior? Na maioria das vezes elas estão completamente certas.

Mas, se têm uma coisa que eu acho muito da hora em Lorena, é o fato dela não tentar se encaixar nas coisas. Se adaptar há alguém ou há algum lugar. Ela só é ela.

Hoje por exemplo, por mais que ela esteja preocupada com a roupa, em nenhum momento ela me questionou sobre como se comportar ou sobre como conquistar minha mãe. Isso é confiança. Lorena sabe que não precisa agradar ninguém, e se por acaso acontecer de não gostar do seu jeito, o problema é totalmente da pessoa.

– Olha se não é o meu casal favorito. — Afonso fala todo sorridente. – Finalmente voltaram, não aguentava mais as goteiras caindo aqui na minha cabeça de tantas lágrimas que vocês soltaram essa semana.

– Boa noite, Afonso. — Lorena responde primeiro, com um sorriso tímido no rosto.

– Você tava angustiado também né seu Afonso? Acostumou tanto com nós dois. — escoro meus braços na bancada dele.

– Não vou mentir não viu, senti falta até das brigas dos 'cês dois. — estreita as sombrancelhas.

– Disso eu não senti não. — Lorena brinca. – Me desculpa pelas vezes que eu passei aqui chorando e nem cumprimentei o senhor viu. — segura a mão dele em um gesto de apoio.