𝐏𝐈𝐋𝐀𝐍𝐓𝐑𝐀 - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.

007. MEU TERROR.

📍SÁBADO/ CASA DE LARA.

Lorena Viana

– Oii — Lara abre o portão na maior empolgação. – Que bom que vocês vieram, fiquem a vontade. — abre espaço pra que eu e Helena passe pela porta.

Hoje é o chá casa nova de Lara, e ela só esqueceu de levar em consideração o fato de já ter se mudado a uns dois meses atrás. Mesmo assim, quis fazer uma coisinha só pra ganhar presentinho dos amigos, e eu confesso que fiquei muito feliz quando ela me convidou e me deixou trazer Helena.

– Você fala que minha casa é um palácio, e isso aqui é o que? — Helena sussurra no meu ouvido e eu solto uma risadinha baixa.

– Vem cá gente, deixa eu apresentar vocês meus namorados. — Lara pega na minha mão e na de Helena. – Amor. — ela chama e os dois olham pra trás em sincronia. – Essa é minha amiga Lorena, aquela que eu falei com vocês que queria o apartamento. — eles acenam com a cabeça.

– Prazer Lorena, eu sou Piquerez. — estica a mão pra me cumprimentar e em seguida cumprimenta Helena também.

– E eu sou o Richard. — ele faz o mesmo.

Desculpa Lara, mas inevitável não dar uma secada nesses seus machos que parecem ser esculpidos. Bem que diz aquele ditado; Deus tem seus preferidos.

– Pera, você que é a vizinha do Veiga?— a pergunta de Richard me tira do tranze.

– É... —  franzi o cenho. – Eu acho né, ele tem outras vizinhas.

– Tem razão, desculpa a inconveniência. — Richard ri pelo nariz.

– Fiquem a vontade meninas, tem petisco ali e bebida ali. — aponta com o dedo. – Eu vou dar uma volta ver se alguém tá precisando de alguma coisa. — Lara fala e saí andando, Piquerez e Richard vão atrás igual dois cachorrinhos.

– Suspeito o Richard saber que você é vizinha do Veiga hein. — Helena fala comigo.

– Tanto faz. — dou de ombros.

Eu e Raphael não nós falamos desde a última noite, na verdade a gente nem se viu direito. Ele quase não fica em casa, tá sempre viajando por conta do time ou dormindo no CT. Como eu sei disso? Achei sua conta secundária no Instagram e ele aceitou minha solicitação, é por lá que eu vejo as coisas, porque ele posta literalmente tudo, é outro Raphael Veiga.

Nesses últimos dias nem eu fiquei muito em casa também, estou procurando emprego igual doida pela cidade de São Paulo, mas infelizmente até agora nada.

– Eu espero que você não esteja se apegando há ele, porque ele tem todas as características de um cafajeste. — Helena continua falando me tirando.  – Jogador, rico e ele é homem né!? Preciso falar mais alguma coisa. — dou risada.

– Nesse momento eu só quero arrumar um emprego, depois eu penso em como vou dar pra ele de novo. — Helena me repreende com olhos. – Não me olhe com essa cara, tem cafajeste que vale a pena. — pisco um olho.

– Meu Deus, vem aí segunda temporada de dedo pobre de Lorena Viana. — me zoa.

– Para de implicar comigo pelo menos hoje. — faço careta. – Vamos beber?

– Isso foi uma pergunta? — acenti com a cabeça. – É claro que vamos.

Andamos juntas e de braços dados até a mesa de bebida, Helena pede um drink com nome Frozen pro barman, eu peço a minha favorita, pina colada. Assim que eu dou a primeira puxada no canudo meu cérebro congela de tão gelado que está e provavelmente eu fiz uma cara não muito agradável.