070. HÁ LUZ DE VELAS.

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(AVISO: o capítulo contém escrito uma técnica sexual feita com cera de uma vela específica para isso. Isso é uma história fictícia, na vida real você pode se machucar com queimaduras de até terceiro grau. Não façam isso em lugar nenhum.)

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📍 ALGUNS MESES DEPOIS.

Lorena Viana

– Amor, tava pensando... — lá vem. – Se alguém jogasse um feitiço em mim e pedisse pra você escolher entre ficar com meu rosto ou com meu corpo, o que você escolheria?

– Sério que você veio me perguntar isso assim!? — analiso Raphael dos pés a cabeça.

Fico impressionada com a insistência em usar essa cueca que ele chama de bermuda. O técido tá tão colado nas coxas dele que fica tudo marcado, e pra piorar o corpo dele tá molhado sem explicação alguma, nem calor tá fazendo.

– Por que você tá suado hein!? — cruzo os braços sobre a mesa. – Tava brincando sem mim?

– Você não respondeu minha pergunta. — também cruza os braços. – Você ia preferir ficar com meu rosto ou com meu corpo?

– Eu ia preferir ir junto do que ter só migalhas de você. Pronto? Satisfeito? — arqueo as sombrancelhas.

– Isso foi fofo amor. — sorri com os lábios. – Merece até um beijinho.

Anda em minha direção até a mesa apoiando seus braços sobre ela pra curvar o rosto até o meu e selar nossos lábios. O selinho dura segundos, minha boca abre uma pequena fresta por contra própria mas ele se afasta.

– Poxa. — faço beiço. – Queria um beijo de verdade.

– Mais tarde. — pisca um dos olhos. – Inclusive, tô esperando minha encomenda pra hoje.

– Que encomenda? — franzi o cenho.

– Lembra quando eu disse que queria esquentar um pouco nossa relação? — acenti com a cabeça. – Pois é, comprei uma caixinha pra gente.

O sorriso dele de olheira a olheira me faz rir também.

– Tá achando nosso sexo fofo Raphael Veiga? — implico, cerrando os olhos.

– O que? Nunca. — nega com a cabeça. – Mas nada tão bom, que não pode melhorar.

– Cuidado hein, quem gosta muito de coisa quente corre o risco de se queimar. — estalo a língua no céu da boca.

– Pode ficar tranquila, que eu sei lidar muito bem com o fogo. — estala a língua também.

Tinha tudo pra gente continuar aqui se encarando, como dois adultos cedentos por coisas que a gente conhece bem. Mas o interfone toca, e ele gira o corpo pra ir correndo atender. Vou atrás pra ficar escutando a conversa dele com Afonso pelo interfone, os dois dão risada, fofocam, trocam perguntas, e o Raphael só larga o interfone quando minha mão estala um tapa no braço dele.

– Chegou. — encaixa o telefone no gancho. – Vou lá buscar.

– Mas nem por cima do meu cadáver. — sou mais rápida colocando a mão por cima da maçaneta da porta.

– Oxê, tá loucona?

– Você que deve tá loucão. — faço careta. – Já se olhou no espelho? Você tá praticamente pelado, homem meu não anda assim na rua não.

𝐏𝐈𝐋𝐀𝐍𝐓𝐑𝐀 - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.Onde histórias criam vida. Descubra agora