034. ANO NOVO.

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Spoiler: Primeiro dia de serviço no CT do São Paulo e o primeiro hot do ano.

Lorena Viana

Chegamos, são exatamente 6:50 da manhã. A casa tá silenciosa, e por incrível que parece a brisa tá um pouco fria.

– Todo mundo dormindo. — Lara fala olhando ao redor. – Queria colocar meu carro na garagem, mas a chave ficou com a mula do Piquerez.

– Às vezes a gente acha a chave aqui. — observo ela abrir a porta devagar.

A casa é enorne, dois andares, piscina, área de churrasco, e se não me engano, aquilo ali é uma sauna.

– Dá vontade de ligar o som na maior altura e acordar todo mundo. — Lara brinca dando risada.

– Ai a gente passa a virada com eles olhando pra gente com a maior cara de merda. — dou risada também.

Um cheirinho de café se espalha pela cozinha, e a Lara e eu só suspiramos e vamos na cola desse aroma delicioso. Damos de cara com o Raphael, lá na cozinha, na missão de passar café, todo concentrado. Ele tá sem camisa, o cabelo todo bagunçado, parece que acabou de acordar.

– Bom dia. — Lara é a primeira a falar, tomando atenção de Raphael.

– Bom dia. — ele dá um sorrisinho de lado. – Bom dia, marrentinha.

– Bom dia, bob espoja cara quadrada. — solto uma risada abafada vendo ele negar com a cabeça.

– Bob esponja cara quadrada. — Lara repete, gargalhando. – Eu amei.

– Cada dia eu dou um apelido mais carinhoso pra ele. — sorrio com os olhos.

– Não é só isso que você me dá. — ele brinca, Lara ri de novo, quase se desmanchando.

– O que mais eu te dou então, Sr. Engraçadinho? — questiono, arqueando uma sobrancelhas.

– Ah, não vou te expor na frente de Lara . — ele responde, piscando para mim.

Lara nos observa com um sorriso cúmplice, e sinto meu coração dar uns pulinhos.

– Apesar que ela é bem pior que você. — continua.

– Oxi, sou? Por que? — Lara cruza os braços sobre o peito.

– Também não vou te expor pra Lorena. — ele sorri com os lábios.

– Você que ainda não conheceu a Lorena direito, dúvido que se ela tivesse a oportunidade que eu tive, se ela não faria. — joga o cabelo pra trás dos ombros. – Não é Lorena!? Fala pra ele.

– É, eu ainda não tive a oportunidade de dormir com dois homens. — dou de ombros. – Mas deve ser interessante.

Raphael escora na pia da cozinha, me encara com o maxilar travado. Os músculos dos braços estão tensos, e a cor do rosto dele até mudou pra vermelho. Ops, ciúmes!? Parece que mexemos com o equilíbrio do camarada.

– Você não aguentaria. — ele aponta o dedo pra mim. – E eu não estou disposto a te dividir com ninguém.

Eu e Lara nos olhamos, nós duas visivelmente segurando a risada.

– Isso tudo é ciúmes? — brinco. – Relaxa, só disse que acho... Interessante.

Ele me encara, umidece os lábios e gira o corpo pra pegar uma xícara de café em cima do armário da cozinha.

𝐏𝐈𝐋𝐀𝐍𝐓𝐑𝐀 - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.Onde histórias criam vida. Descubra agora