𝐏𝐈𝐋𝐀𝐍𝐓𝐑𝐀 - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.

032. FELIZ NATAL.

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📌24 de Dezembro

~ Véspera de Natal

Lorena Viana

No primeiro Natal longe da minha família, sinto um vazio profundo, pois sempre fui incrivelmente ligada aos meus pais, especialmente à minha mãe, minha melhor amiga desde sempre. A ausência deles neste momento especial torna tudo mais vázio, e a saudade se faz presente de maneira intensa.

O calor familiar que sempre preencheu essa época agora é substituído por uma sensação de distância e nostalgia.

– Não fica assim. — Helena chama minha atenção trombando nossos ombros. – Pensa pelo lado positivo, depois de anos, vamos passar o natal juntas.

– Eu não tô triste, é só que... É meio estranho. — termino de passar o batom na minha boca. – Parece que tem algo errado.

– Ué, pensei que só se sentisse assim com o Veiga. — fala na irônia.

– Já vai começar? —arqueo minhas sombrancelhas pra ela, que dá risada. – Inclusive, ele tá bem diferente depois da nossa conversa.

– Ainda bem né!? Sinal que vocês sabem dialogar sem precisar do sexo.

– Num é!? Pensei a mesma coisa. — franzi o cenho. – Eu jurava que era só algo casual.

– Mas é. — cerro os olhos pra ela. – Não confunda as coisas amiga, não quero ver você chorando por causa de ninguém.

Sua expressão séria contrasta com o tom descontraído da conversa, deixando-me com uma pulga atrás da orelha. Enquanto observo o movimento ao redor, tento assimilar suas palavras, questionando se estou prestes a me perder em algo além do casual.

– Você acha que eu tô criando expectativas?

– Está. Mas assim, não que isso seja um problema. — ajeita a saia no corpo enquanto se olha no espelho. – Além do mais porque do jeito que vocês estão, é literalmente impossível não criar expectativas.

"Do jeito que vocês estão."

De que jeito a gente tá mesmo? Será que é só amizade colorida, um lance mais sério ou uma mistura maluca dos dois?

– Mas, enfim, não quero ficar falando do Veiga em pleno natal. — tento disfarçar a confusão que minha mente se encontra. – E você e o Diego hm!?

– Aquele insuportável? — dou risada. – Tá bem longe de mim, graças a Deus.

– Eu jurava que você ia passar o natal com seu cachorrinho SPFC. — debocho.

– Vai se ferrar Lorena, foi só um beijo, nada além disso.

Helena me contou que depois da festa de formatura rolou uma resenha na casa "desconhecida" dos amigos. Chegando lá, descobriu que a casa era do Diego Costa, que liberou para o primo fazer uma festinha.

Acabou que os dois se pegaram nessa festa, e justo Helena, rainha do cu doce, transou logo de primeira. Desde então eu infernizo, zuando ela há todo momento que posso.

– Quando que as duas mocinhas vão sair do quarto? — a mãe de Helena aparece na porta.

– Mocinhas mãe? — dou risada da indignação de Helena.

– Pra mim, vocês serão sempre mocinhas.

Mal sabe ela que as mocinhas estão sendo completamente desviadas por dois jogadores de futebol.