055. MEU PRÍNCIPE.

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Raphael Veiga

Três da manhã mano. SÃO TRÊS DA MANHÃ.

E tem algum sem noção batendo sem parar na minha porta.

– Quem é? Você não tá vendo que são... — pergunto através da porta, mas logo que escuto a risada do outro lado eu ja destranco. – Lorena?

– Oi meu amor, sentiu saudades? — abre os braços e se joga em cima de mim. – Hmm, tão cheiroso. — enfia a cara na dobra do meu pescoço.

– Ué, o que tá acontecendo? As meninas foram embora e te deixaram sozinha?

– Nhe... — toca com o indicador no meu nariz. – Elas dormiram, eu fiquei na sala escrevendo, escrevendo, escrevendo...

– Escrevendo o que? — pergunto enquanto passo ela pra dentro de casa e fecho a porta.

– O nosso livro, ué. Você não pediu? — franzi o cenho. – Tô escrevendo a nossa história, porque pelo menos no livro a gente vai ficar juntos.

Lorena passa por mim e se joga no meu sofá. Ela tá estranha, animada demais e com as bochechas completamente coradas além do normal.

– Você bebeu né!? — pergunto entre bocejos.

– Só um pouquinho. — faz pouquinho com os dedos, ainda dando risada. – Nossa, você dorme assim? — me analisa dos pés a cabeça. – Parece um velhinho, mas continua um gostoso.

Dou risada.

– Vem, você tá bêbada. — ofereço minha mão pra ela segurar. – Vou te dar um banho e a gente vai dormir.

– Ui, vamos tomar banho juntos? — ela levanta rápido demais me desequilibrando. – Vamos começar por onde? Na sua sala a gente já transou, na sua mesa também, falta o quarto e o banheiro.

– Que transar Lorena, olha seu estado. — olho pra ela da cabeça aos pés. – Não vou transar com você assim, bêbada.

– Ai que saco Raphael, eu não tô bêbada. — cruza os braços e fica emburrada igual uma criança.

– Tá sim, você em sã consciência jamais viria na minha casa a essa hora e com essa roupa...

– O que tem minha roupa? — anda em minha direção. – Curta demais? Transparente demais? — ela fica perto, muito perto, sinto o calor dos lábios dela acelerar meu coração, e quando ela desliza a mão do meu peitoral até os ombros, ela me acorda. – Isso explicaria muito porque eu sempre fico cheia de marcas quando saio debaixo de você.

– Meu Deus, você realmen...

O olhar rápido dela sobre minha boca me faz tropeçar em minhas próprias palavras, e pra melhorar, ela cobriu minha boca com um beijo inesperado. Sua boca suave encontrou a minha, silenciando instantaneamente as palavras que eu estava tentando procurar.

Foi um beijo suave, sua língua pediu espaço de maneira calma e lenta. Mas sua respiração desregurada entrega uma ansiedade compartilhada, como se ela também estivesse tentando disfarçar algo.

Minhas mãos, que antes estavam pousadas na minha cintura, encontraram seu rosto suavemente. O toque dela por cima da minha calça esquenta meu corpo, causando um arrepio que eu estava tentando evitar.

Só que agora o beijo é desesperado, nossas línguas deslizam uma sobre a outra de maneira sincronizada. Meu lábio inferior esquenta quando ela se afasta por alguns segundos só pra morde-ló, e uma de suas mãos desce entra no meu short tentando me tocar. Mas eu recuo e me afasto.

𝐏𝐈𝐋𝐀𝐍𝐓𝐑𝐀 - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.Onde histórias criam vida. Descubra agora