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Lorena Viana
Acordar sendo envolvida por dois braços de alguém é diferente. Ainda mais quando esse alguém é o cara a quem você escolheu dar mais uma chance. Apostar na incerteza, decidir que talvez o amor nem seja tão assustador assim.
– Você tá acordado desde que horas? — mexo meu corpo me aconchegando mais no dele.
– Não sei. — a voz rouca perto do meu pescoço arrepia minha espinha inteira. – Nem me mexi pra não correr o risco de te acordar.
A mão dele tá debaixo da minha blusa e os dedos deslizam pela minha barriga acariciando cada parte com as pontas. Isso me causa arrepios, múltiplos arrepios. Nem sabia que minha barriga era um lugar com tantos sentidos assim.
– A gente precisa levantar, Rapha.
– Precisamos? — a mão desce devagar até a barra do meus shorts de dormir, ele insinua colocar os dedos pra dentro, mas recua.
– Temos horário pra trabalhar, lembra? — sinto o ar quente da boca dele pertinho do meu pescoço, e antes que eu pudesse remediar, ele deixa um beijinho molhado ali que, nossa...
– É? — outro beijo, dessa vez a barba arranha meu ombro. – Que tal um banho? — a mão aperta minha cintura, me puxa pra trás.
Minha bunda chega a bater contra o quadril dele, o suficiente pros dois arfarem.
– Só um banho, hum? — pergunto de volta.
– Até porque não dá tempo de tomar dois banhos. — ele brinca.
Levantamos da cama juntos, ele com um pouco mais dificuldade e eu nem preciso perguntar pra saber o porque. Tiro minhas roupas, fico assistindo Raphael tirar as dele e em um piscar de olhos estamos debaixo do chuveiro.
– Escuta... — fala tocando no meu queixo. – Olha que paz.
A carinha e bobo que ele tá me faz rir.
– É. — dou de ombros. – Vamos ver quanto tempo dura.
– Ai Lorena, credo. — franze o cenho. – Quanta negatividade.
– Tem razão, desculpa. — solto uma risada pelo nariz. – É que eu sempre desconfio quando as coisas começam a dar certo demais.
– O negócio é só agradecer, Lo. — ele ajeita meu cabelo molhado pra trás das orelhas. – Para de questionar tudo que acontece, se não a gente vai ficar maluco.
– Todo mundo é um pouco maluco. — rimos um pro outro.
Parece que realmente toda a tensão entre nós se desfez. Eu me sinto mais leve, e talvez até mais aberta pra expôr o que realmente sinto. Sou muito oito ou oitenta, sinto demais tudo, seja pro bem ou pro mal. Mas só de reparar que ele está mudando, que ele está tentando, que realmente quer fazer dar certo. E cara, não tem coisa mais incrível do que ser correspondida.
– Ei, para de pensar muito. — estala o dedo na minha frente. – Curte o momento, curta eu, olha aqui... — segura minhas duas mãos e as leva até o peito. – Me toca.
Não teve segundas intenções em suas falas. É a primeira vez que eu escuto essa frase ser falada em um contexto de cuidado. Preocupação. Ele se preocupa comigo.
– Não tava pensando nada demais, amor. — o sorriso que reforma os lábios dele quando me escuta chamá-lo de amor é revigorante, é como se ele estivesse escutando uma criança falar a primeira palavra.
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𝐏𝐈𝐋𝐀𝐍𝐓𝐑𝐀 - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.
FanficOnde o Raphael Veiga romântico e fofinho será consumido pela sua versão 𝐏𝐢𝐥𝐚𝐧𝐭𝐫𝐚. #1 - Palmeiras [25/11/2023] #1 - Raphael Veiga [22/01/2024]