041. MOMENTOS.

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Esse capítulo aqui merece meta de 200 comentários, no decorrer vocês vão entender o porque.

Boa leitura pra vocês.❤️

Lorena Viana

Era pra gente tá maratonando You né.
ERA.

Mas do nada, São Paulo decidiu deixar o céu cair. A chuva não para um minuto, e a luz do prédio até caiu de tanta ventania misturada com raios e relâmpagos.

Eu e Raphael começamos a espalhar velas pelo meu apartamento, na intenção de pelo menos enxergamos um ao outro. Agora, eu tô na cozinha e ele tá escorado no balcão me enchendo de perguntas sobre os livros da minha estante.

– Tem algumas capas bem suspeitas nessa sua estante. — ele comenta. – Posso ler um deles?

– Eu acho melhor não. — dou risada. – Fica quietinho aí mesmo, tá escuro, vai ler como.

– Tenho laterna no celular. — tira o celular do bolso e coloca em cima do balcão. – Vai, me indica um pra ler.

Cara, literalmente eu acho que não tenho um livro que não tenha putaria, ou que não fere pelo menos seis direitos humanos. Eu só leio Dark, e sinceramente, não sei se o Veiga tá preparado pra isso.

– Pode escolher qualquer um. — dou de ombros.

Ele levanta do banco, vai andando até em frente a estante com a lanterna do celular acessa. Paro de prestar atenção na minha panela em cima do fogão pra olhar pra ele.

O cabelo dele tá voltando a crescer de novo, tem leves caixinhos no topo, e essa blusa larga no corpo me ganha muito.

– Quero esse. — tira um livro. – Achei a capa suspeita.

– Certo, divirta-se enquanto eu termino nosso macarrão. — volto a presta atenção na panela.

Particularmente, eu amo esse clima. O céu nublado, o barulho da chuva, um vento fresco. Tudo deixa a sensação de acolhimento ainda mais gostosinha, aconchegante e íntimo, cada detalhe se soma para tornar o momento melhor.

A comida começa a exalar seu aroma delicioso, e meu estômago ronca em resposta, como se estivesse ansioso para saborear cada pedaço preparado por mim aqui no fogão.

– Hmm, cheirou. — a presença de Veiga atrás de mim não me assusta.

– Ué, não ia ler o livro? — olho por cima do ombro.

– Fiquei com a consciência meio pesada por deixar você aí cozinhando e eu ficar deitado no sofá lendo. — escuto os passos dele atrás de mim. – Quer ajuda? — a voz dele baixinha e a boca perto do meu ouvido me faz arrepiar.

Raphael apoia os dois braços na minha cintura e me puxa pra trás.

– Raphaaa, eu ainda não terminei aqui.

– Mas eu nem fiz nada. — beija meu pescoço. – Só perguntei se você quer ajuda, tô esperando uma resposta.

O calor do seu corpo e a provocação me fazem sorrir. Eu tô quase rendendo aos encantos do tal príncipe e deixando todo esse molho de macarrão queimar.

– Tudo bem, você venceu. Ajuda é sempre bem-vinda. — respondo, sentindo o calor da risada dele contra minha pele.

Raphael se afasta um pouco, mas ainda mantendo a proximidade, pega um avental na gaveta e o coloca em si com um sorriso travesso.

– Por onde eu começo. — bate os dedos no mármore.

– Pode começar pegando as massas ali, o molho já tá quase pronto.

𝐏𝐈𝐋𝐀𝐍𝐓𝐑𝐀 - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.Onde histórias criam vida. Descubra agora