CAPÍTULO 68 - SEM SINAL DE VIDA

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Desde a minha última conversa, há quase dois dias, não tenho noticias de Wagner, ele não me ligou e também não ligarei para ele. Acho que já passamos da fase da desconfiança. Há um ano juntos, ele deveria saber que pode confiar em mim. Se ele quiser, terá de vir me procurar.
Meu mais novo amigo Fábio tem me ligado todas as tardes. Ele é legal, me faz rir. Está quase na hora dele ligar.
O telefone toca, deve ser ele:
-Oi Ann!
-Oi Fá! Tudo bem?
-O que está comendo? - ele pergunta.
-Como sabe que estou comendo alguma coisa?
-É claro que está, dá pra perceber pela sua voz.
-Nossa! Você é bom nisso!
-O que é?
-Amandita, conhece?
-Amandita? Nooooosssssaaaaa! Eu adoro! - ele diz.
-Sério?
-Pode mandar pra mim! - ele diz.
-Como vou mandar pra você? - pergunto rindo.
-Não quero nem saber! - ele diz - Dê um jeito, pois, agora quero Amandita. -Peça para a Alê trazer pra mim, hoje!
-Está bem, vou ver o que faço.
-Que bom! Mas, você vai mesmo na casa da Alê, nesta sexta?
-Vou sim.
-E seu namorado?
-Ele não está falando comigo, não tenho notícias dele.
-Isso é bom ou ruim?
-Sinceramente, Fá, não sei. Nunca sei o que esperar dele. Ele é sempre como uma bomba prestes a explodir.
-Entendo, mas tem o lado bom... - ele diz rindo.
-É mesmo? E qual é o lado bom?
-Vamos nos conhecer nesta sexta.
-Sério? A Alê chamou você?
-Chamou! - ele diz - Algum problema?
-Não! Ela chamou mais alguém? - pergunto.
-Creio que não. Acho que ela queria dois casais. - ele diz rindo.
-É?
-Acho que é... - ele ri.
Como todos os dias anteriores, conversamos bastante. Depois que desligo, vou até a cozinha do escritório, pego um coador de café, imprimo uma mão fazendo um sinal de positivo, encho o coador de Amanditas, fecho com o grampeador e entrego para a Alê o meu presente e depois vou para a faculdade.
A semana passa rápido e chega a sexta feira. Acho que Wagner desistiu de mim...

A Deusa do Mago - Uma história de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora