A Deusa do Mago - Uma história de Amor

CAPÍTULO 26 - CAVALEIRO E DRAGÃO FRENTE A FRENTE

Haverá uma festa na casa da minha avó. Será o aniversário do meu primo e dessa vez acho que meu pai não vai escapar.
A semana passa voando, até que chega o sábado, dia da festa!
A campainha toca e vejo Wagner, com seu irmão Pedro, no portão. Corro para recebê-los e ele me dá um sorriso e me diz:
-Bom dia amor! Você está preparada para o dia de hoje?
-Nem me fale, fico com enjoo só de pensar!
Ele sorri e diz:
-Fique tranquila, deixei as armas em casa!
-Seu bobo! Ele tem uma espingarda, sabia? - digo com um sorriso, mas um frio percorre a minha espinha.
-Fica tranquila, não vim para brigar com ninguém, só quero que ele saiba que tenho as melhores intenções com a filha dele.
-Eu sei.
-Bom dia, Pedro! - eu digo.
-Bom dia, Ann! - ele diz - Vim dar proteção, vai que seu pai resolve matá-lo.
-Nem brinque com isso! - eu digo.
Eles riem.
Wagner me abraça e entramos. A festa, por enquanto, está calma e ele me pede um refrigerante. Vou até a cozinha para pegar e, quando retorno, a cena me aflige. Estão lá, meu cavaleiro e meu dragão, sentados lado a lado. Quero ir até eles e, quando sigo em direção, meu tio me toma em seus braços.
-Vamos dançar querida, acho que a conversa ali vai ser longa e não acho que você deva fazer parte agora.
-Como não? É de mim que eles estão falando.
-Mas tem coisas que só ele deve ouvir. Você não acha que já é difícil para o seu pai te dividir com outro barbado?
-Mas eu... - nem me dou ao trabalho de terminar a frase. Sei que ele não vai me deixar chegar perto deles, então, me conformo em observar. Vejo Pedro, que deveria estar cuidado do meu cavaleiro, mas agora está muito ocupado, babando nos encantos da minha prima.
A conversa segue fervorosa, meu pai fala, fala e fala. Poxa, nunca pensei que tinha tanto a dizer. Wagner mais observa do que fala, ouve tudo com uma expressão muito séria. Depois de, pelo menos, duas horas de conversa, os dois trocam um aperto de mãos, como se eu fosse um negócio que eles acabaram de firmar.
Wagner vem em minha direção. Sua expressão é séria, mas tranquila.
-Tudo bem? - eu pergunto.
-Sim! Por que não estaria? - ele responde e sorri.
-Não sei. Vocês estão conversando há horas. O que tanto falaram?
-Coisas de homem.
-Você não vai me contar?
-Não.
-Como não? Vocês estão falando há horas e agora você nem vai dizer sobre o quê?
-Não, a única coisa que posso lhe dizer é que agora você é oficialmente minha namorada. Seu cavaleiro venceu o dragão. - ele sorri.
Fico indignada, mas feliz.