𝓖eribá . 𝗟𝟳𝗡𝗡𝗢𝗡

𝓺𝓾𝓪𝓻𝓽𝓸

Ana Lua Cardoso Guidelli
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Já 'tava dentro do uber com a Cecilia a um tempo. Estávamos quase chegando no prédio e avisei o Lennon, já que ele tinha pedido 'pra mandar mensagem quando estivéssemos chegando, parece que tinha que descer alguém 'pra liberar nós.

Quando descemos do carro, em direção a portaria do prédio, tinha um menino na porta. O rosto não era estranho, tinha visto ele com o L7 no dia da boate.

— Tu deve ser a Ana Lua né? — O moleque falou me cumprimentando com um abraço. — Prazer Léo

— Prazer — Retribui e vi ele olhar na direção da loira do meu lado. — Essa é minha amiga, Cecilia

Observei os dois se cumprimentarem e logo o Léo nos chamou 'pra subir. — Lennin pediu 'pra descer e receber vocês, porque ele 'tava meio garrado lá em cima

Assenti enquanto entrávamos no elevador. O garoto era bem simpático, puxou uns assuntos com a gente, fazendo questão de deixar o clima leve, sem nenhum silêncio constrangedor até chegarmos no apartamento.

— Visão gata — L7 falou pegando na minha cintura, assim que entrei na, me puxando 'pra um abraço de cumprimento.

— E ai — Dei um sorriso ladino, retribuindo o cumprimento.

Apresentei a Cecilia e observei os dois se cumprimentarem como bons cariocas.

— Podem ficar a vontade vocês duas. Apartamento tem quase nada, porque não me mudei ainda — Seu braço passou pelo meu ombro.

Logo outro garoto surgiu perto da gente e L7 fez questão de apresenta-lo.

— Esse daí é o Martins — Falou olhando 'pra nos duas.

— Prazer Ana Lua — Falei retribuindo o abraço de cumprimento dele e o garoto fez a mesma coisa com a Cecilia.

— Se vocês curtirem beber, é com ele mesmo — Leozin' falou arrancando uma risada de todos nós.

— Do jeito que vocês falam até parece que eu bebo igual opala — Matheus comentou em tom de brincadeira, enquanto entregava uma garrafa de
long neck 'pra cada uma de nós.

— Tu bebe mais que opala — Léo retrucou, fazendo Martins balançar a cabeça em negação.

Lennon pegou o copo com energético dele e me chamou pra sacada, onde 'tava um pessoal mexendo na churrasqueira.

O apartamento era grande, mas dava 'pra perceber que 'tava cheio, tinha bastante gente na resenha até, cada um em um canto.

Lennon dos Santos Barbosa Fassetti
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Tava feliz 'pra caralho que tinha comprado o apartamento e pá, mas como não tinha quase nada ainda pensei em organizar um churrasco só para a galera mais próxima de mim, Leozin', Pescada, Martins, Chop, Daniel, Negrete, pessoal que 'tava colando comigo sempre. Queria deixar 'pra fazer uma resenha foda quando terminasse de ajeitar tudo.

Mas fui comentando com uns, depois com outros 'pra colar, tipo o Xamã, Papato, gente que me deu oportunidade desde o início. Quando me dei por mim, eu já tinha era chamado gente 'pra um caralho, sem me ligar direito para os motivos e meu apartamento 'tava cheio.

Olhei 'pra Ana Lua do meu lado, estávamos sentados em umas cadeiras, perto da churrasqueira. Não sei se ela 'tava tímida, ou incomodada com alguma coisa, mas 'tava quieta, calada.

— Qual foi princesa? Ta caladona — Comentei, tocando a coxa dela e alisei devagar.

Ela olhou 'pra mim meio sem graça e disfarçou um sorriso que queria se formar, me fazendo rir.

— Hm? — Perguntei subindo a mão até a cintura, puxando-a mais 'pra perto. — Como foi teu plantão?

— Cansativo até, mas vale a pena, eu gosto — Perguntou voltando o rosto pro meu. — E conseguiu gravar as músicas que você queria hoje?

Soltei um sorriso de lado, escutando ela. Tinha comentado mais cedo quando a gente 'tava conversando, que iria no estúdio, mas coisa rápida, nem imaginei que ela lembraria.

— Gravei umas duas só — Respondi e a morena assentiu. — Bora ali dentro rapinho, quero bater um papo com você

Falei a olhando e ela entendeu o recado, levantando logo depois de mim. Passei meu braço pelo ombro dela, guiando-a 'pra dentro do apartamento de novo.

— Pô Lennin, preciso falar um trem contigo — Léo comentou no momento em que entrei na sala, me olhando com uma cara que queria dizer alguma coisa. — Cola aqui

Empata foda demais.

— Precisa ser agora? — Perguntei esperando que ele se ligasse e deixasse 'pra depois.

— Precisa — Suspirei e dei um beijo no rosto da Ana, pedindo 'pra ela me esperar rapidão.

Léo entrou comigo na cozinha e me puxou 'pra um canto do cômodo.

— Moleque, acho bom ser um trem urgente mesmo — Brinquei mas o semblante que estampava o rosto dele ainda era meio preocupado. — Desembucha ai Léozin'

Apressei ele que coçou a nuca, pensando em como falar.

— Tu tinha comentado falando que ia chamar a Juliana né, porque ela 'tava aqui no Rio. Tu mandou mensagem 'pra ela? — Estranhei a pergunta dele.

— Mandei pô, até passei o endereço e pá. Mas ela não deu resposta de nada, até conversamos outros papo depois. — Vi ele passar à mão no rosto enquanto me escutava. — Porque?

— Ela veio, tá lá embaixo, porteiro interfonou agora pedindo 'pra alguém ir lá liberar ela

Puta que pariu!

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