𝓖eribá . 𝗟𝟳𝗡𝗡𝗢𝗡

𝓸𝓲𝓽𝓪𝓿𝓸

Lennon dos Santos Barbosa Frassetti
point of view

Meu show acabou e tinha sido brabo, público que 'tava assistindo era bom demais e a energia era foda 'pra caralho.

Já tinha pedido os moleque pra ficarem depois do meu show, pelo menos uma meia hora 'pra sair só eu e a Ana Lua na hora que acabasse, mas como são completos inimigos do fim se animaram e compraram até um camarote 'pra ver todos shows da noite.

Segurei na mão dela, entrelaçando-a com a minha e o segurança nos guiou até onde meu carro 'tava. Tinha pedido o Léo 'pra ir dirigindo ele antes do show, 'pra eu voltar com a Lua depois, já que seria o maior corre a van deixar nos dois no prédio, pegar o carro e sair.

— O que tu achou do show? — Perguntei quando entramos no carro, enquanto eu ligava.

— Muito bom, de verdade, você é diferenciado — Ela falou, me fazendo sorrir.

Tirei uma mão do volante e levei até a coxa dela, alisando ali.

— Fico feliz de ouvir isso, valeu — Comentei enquanto dirigia. — Fiz reserva 'pra gente em um restaurante de Copacabana

— Uau — Ana Lua falou sorrindo como quem gostou da ideia e um peso saiu das minhas costas, acho que até comecei a dirigir mais tranquilo.

O restaurante era muito maneiro, escolhi uma mesa externa, que ficava em um segundo andar, então tinha vista direta 'pra praia, maneira demais. Já tinha ouvido falar muito bem de lá.

O caminho passou rápido, porque nosso papo não parou um segundo se quer. A Ana Lua era uma mina firmeza 'pra caralho, pelo pouco que a gente conversou, ela parecia saber muito bem o que ela queria e corria atrás do dela.

— Boa noite — O funcionário da entrada do restaurante nos cumprimentou.

— Boa noite Chefe, tenho uma reserva de mesa 'pra dois ai, no nome do Lennon — Ele checou em um tablet que carregava.

— Ah sim, podem vir

Ele nos guiou até a mesa no segundo andar e a vista era realmente muito bonita. Sentei com ela e sorri a olhando.

— Aqui é lindo — Ana falou reparando na vista.

— Ainda — Comentei sorrindo. — Mas tu é mais

Observei seu rosto corar e ela deu um sorriso sem graça.

— Falou isso 'pra quantas já? — Ana Lua falou em um tom de brincadeira e deu uma risada, me fazendo negar com a cabeça.

— Pra tu só — Entrei na onda dela.

— Vou fingir que eu acredito — Ela retrucou.

— Pode acreditar

— Esse barulho de onda quebrando tá tentador, da vontade de passar horas ali de frente escutando — Comentei quando saíamos do restaurante em direção ao carro.

— É mesmo — Ela sorriu. — Só sentar lá, escutar e sentir o vento, nada melhor

— Ainda — Comentei a olhando. — Tu ta com pressa?

— Nem

— Nós vamos ir curtir esse sonzinho de praia então — Sorri tirando meu braço que tava passado no ombro dela e entrelacei nossas mãos.

Guiei ela 'pra atravessarmos a rua, em direção ao calçadão e descemos a escada que dava acesso a areia e o mar tava lá, mansinho, raso.

— Se eu pudesse dormia escutando isso aqui — Comentei, tirando meu tênis e dei meu braço de apoio, 'pra ela tirar o salto, em seguida.

— Por isso o Rio é a cidade maravilhosa — Ana Lua comentou e eu sorri. Cidade maravilhosa e suas maravilhas também.

Quando me dei por mim já estávamos sentados direto na areia, um do lado do outro. A única luz que tinha ali era a iluminação dos postes e o reflexo da lua no mar, o que me fazia enxergar pouco da Ana Lua, mas já era suficiente pra fazer qualquer um hipnotizar.

Encarei ela e não demorou muito para nossos olhares se encontrarem. — Pô, me diz qual a necessidade de tu ser tão linda assim?

Levei minha mão até o rosto dela, alisando com o polegar. Ela sorriu sem graça e ela tímida assim me deixava enfeitiçado, não sei parecia que ela conseguia ficar mais linda ainda, se é que isso era possível.

Deslizei minha mão por dentro do cabelo dela, trazendo seu rosto mais 'pra perto do meu. Rocei nossos lábios e não enrolei muito para sela-los.

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maratona 2/3