𝓖eribá . 𝗟𝟳𝗡𝗡𝗢𝗡

𝓺𝓾𝓲𝓷𝓺𝓾𝓪𝓰𝓮́𝓼𝓲𝓶𝓸 𝓼𝓮𝔁𝓽𝓸

Ana Lua Cardoso Guidelli
point of view

Sai da monitoria e dei um suspiro de alívio por ter acabado, não aguentava mais ouvir qualquer coisa que envolvesse meu ciclo clínico. Minha cabeça estava a mil sobre tudo que andava acontecendo na minha vida, do nada ela simplesmente virou de cabeça para baixo.

O Lennon desembarcou hoje cedo e já avisou que ia me pegar aqui assim que a aula acabasse, meu coração já queria sair pela boca antes mesmo de eu contar para ele, imagina na hora.

Passei o dia anterior na rua para ajeitar uma surpresinha legal para contar da gravidez para o L7, apesar de todos meus receios, queria contar isso da melhor forma para ele. E foi bom até, o dia na rua me ajudou a distrair minha mente um pouco, tirar uma parte daquele nervosismo de mim.

A Cecilia e o Kaue também estavam me tranquilizando muito, toda hora e eu 'tava começando a ver um lado diferente disso tudo e não só aquela ansiedade de o que vai acontecer com a minha faculdade, trabalho, umas paradas muito mais a frente.

Me encostei em uma árvore perto da portaria e não demorou muito para o Jaguar parar ali na frente, ajeitei minha bolsa no ombro, caminhando na direção do carro.

— Fala tu vida — L7 me olhava com um sorrisão no rosto me vendo entrar.— 'Tava com saudade

Falou antes de selar minha boca, passando o polegar sobre meu queixo.

— E aí preto — Sorri alisando seu maxilar.

Suas mãos tocaram minha coxa depois de dar a partida com o carro. Durante todo o caminho até a Barra fomos contando o que tinha acontecido nesses dias, o Lennon contando como foi o show e a viagem e me perguntando sobre meus dias, acabei inventando que tinha ficado só estudando, não ia estragar o que eu tinha preparado.

— Tu ficou aqui em casa esses dias? — L7 perguntou enquanto entrávamos no elevador do prédio, passando a mão pela minha cintura.

— Sim — Respondi voltando o olhar para seu rosto.

Não tinha conseguido ir para casa desde que fiz o teste e deu positivo, não sabia como contar para minha mãe e não queria passar pela adrenalina de ficar do lado dela escondendo um bagulho desse.

— Tu ta caladona, o que ta pegando? — Senti sua boca beijar meu rosto.

— Nada, tô normal — Dei um sorriso ladino e selei a boca dele.

Quando entramos no apartamento, o Lennon foi direto para o quarto deixar a mala e eu fingi ir na cozinha beber água, mas na verdade fui pegar a caixa que eu tinha preparado na despensa.

Era uma caixa cartonada branca, dentro tinha o teste por baixa de duas camisas do Flamengo, uma do tamanho dele, que tinha escrito atrás "PAPAI" e o número 7 e outra de tamanho infantil, a menorzinha que tinha. A ideia era ele tirar as camisas ver e depois ver o teste embaixo. Coloquei a caixa dentro de uma sacola da loja do Flamengo 'pra fingir que era alguma coisa que tinham mandado para ele.

— Amor — Chamei ele entrando no quarto. — Entregaram isso aqui 'pra você, acho que foi o Flamengo que mandou

Deixei a sacola em cima da cama e deitei ali tentando disfarçar meu nervosismo.

— O Flamengo? — Perguntou saindo do closet. — Ninguém me avisou nada

Comentou enquanto tirava a caixa branca de dentro da sacola. Peguei meu celular e fingi mexer para ele não desconfiar, mas assim que escutei o barulho da caixa abrindo, bloqueei e sentei na cama, prestando atenção.

Ele pegou primeiro a camiseta menor e encarou sem entender. Como homem pode ser tão sonso assim. Em seguida deixou ela na cama e pegou a maior, do tamanho dele, sem reparar no teste no fundo da caixa. Primeiro ele encarou a parte da frente da camisa e depois virou lendo o personalizado nas costas.

eu amei as ideias de revelação que vocês deram, mas já tinha escrito essa e quis manter
tô muito feliz lendo os comentários de vocês, tô lendo todos kkkkk
maratona 1/2