Coala

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Ela está agitada e suando, com o corpo marcado pelo peso dos equipamentos da malhação.

As sobrancelhas se apertam quando ela me vê. Seus olhos estão inseguros.

Ela estende a mão para segurar a porta do elevador.

Meu. Coração. Explode.

– Eu venci! – grito enquanto corro em sua direção.

Simone tem tempo suficiente para abrir os braços enquanto eu pulo. Colide com a parede ao fundo e deixa escapar um gemido enquanto eu consigo envolvê-la com meus braços e minhas pernas. Ela me segura pela cintura.

Ameaço descer de seu colo, mas suas mão deslizam da minha cintura para minhas coxas e as aperta, para que eu continue naquela posição.

A porta se fecha e ela consegue apertar o botão para irmos até seu andar.

– Tecnicamente, acho que venci. Fui a primeira a chegar ao prédio – A ouço dizendo.

– Eu venci. Eu venci – repito várias vezes, até ela dar risada e admitir:

– Está bem, você venceu.

Seu suor tem cheiro de chuva e baunilha e deixa leves notas de alecrim em minhas narinas.

Pressiono meu rosto ao seu pescoço e inspiro, deixo uma leve mordida, o que faz ela apertar mais minhas pernas.

Ao chegarmos ao quarto andar e a porta do elevador se abrir. Tento reunir a força necessária para libertá-la, mas a pressão viciante de nossos corpos é mais forte do que a minha força de vontade e ela não me permite descer e me carrega durante todo esse tempo.

Caralho, Simone, você a mulher mais forte que eu conheço.

– Está bem, então.

Ela começa a atravessar o corredor. Eu me prendo como um coala à sua frente, com meu casaco batendo e a bolsa atingindo a mochila da academia.

Espero que não apareça nenhum vizinho.

Me aproximo o suficiente para ver seu rosto e, em seus olhos, percebo que ela está gostando.

Simone coloca a mochila ao lado da porta e começa a procurar a chave.

– Toda mulher devia receber boas-vindas desse tipo.

– Aja como se eu não estivesse aqui. Continue como sempre faz. – Digo.

Abraço ela com mais força. Sua clavícula se encaixa perfeitamente à minha maçã do rosto.

Simone está usando um moletom com capuz e seu corpo parece estar úmido. Ela está com uma película fina de suor, que eu espero fazer aumentar.

Ela destrancou a porta e ainda comigo em seu colo entramos no apartamento que seria o local de prazer acumulado de nós duas.

Ouço ela jogar os itens de ginástica no cesto. Tira os tênis sem desamarrar o

cadarço, o que só me parece dificultar as coisas, e pega a minha bolsa.

Aperta um botão pra ajustar o aquecedor.

– Sério, simplesmente finja que eu não estou aqui.

Ela vai até a cozinha e se abaixa para olhar dentro da geladeira, me forçando a agarra-lá com mais força.

Aperto as pernas em volta de seu corpo e ela desliza a mão em meu quadril e aperta uma vez, de um jeito amigável. Depois, dá um tapa.

– Ah, o que tem no seu bolso? – Ela exclama.

Jogo do amor - ÓdioOnde histórias criam vida. Descubra agora