– A gente nunca fez o Jogo de Encarar com você dentro de mim.
Seu quadril flexiona levemente e seus cílios começam a bater.
Eu esperava prazer e pressão, considerando que seus dedos gordinhos e levemente comprido e eu, pequena, mas é a emoção que agora se aperta em minha garganta a ponto de eu mal conseguir falar.
Solto meus dedos até seu ponto mais quente e úmido, masturbo seu clítoris com movimentos anti-horário, intercalando a velocidade.
São seus olhos, a expressão presente neles quando Simone começa a mexer o quadril levemente, com cuidado. Não há nenhum impacto brusco, nenhum empurrão a ponto de me fazer ranger os dentes.
Ela se movimenta com um controle mensurado. Este é o momento mais picante da minha vida. Não consigo processar cada sensação.
Um sentimento que mais parece o de um surto começa a tomar meu peito.
Não consigo manter a compostura diante de seus olhos.
Olhos apaixonados. Olhos intensos, ferozes, destemidos.
Ela quer que eu me entregue por completo. Não vai aceitar nada menos do que isso.
– Você estava certa... Por algum motivo, nós duas encaixamos. Ah, está tão gostoso! – mal consigo falar. – Estou começando a surtar.
– Bom, não é? – Ela me analisa com bom humor nos olhos. – Sempre sei ser mais do que apenas gentil.
Ela desliza a mão por baixo das minhas coxas e me ergue a um centímetro da cama, levanta levemente e eu posso apreciar seu corpo com uma película de suor.
Tesoura. Isso que ela vai fazer.
Suas pernas estão na minha coxa e sua intimidade mistura sua lubrificação com a minha.
Movimentos leves e suaves. Reviro os olhos.
– Gentil é bom, gentil é bom – balbucio.
Em seguida, um gemido me escapa.
Simone Tebet realmente sabe o que está fazendo.
Meus olhos viram. Sei que viram porque ela abre um leve sorriso e volta a movimentar o quadril. Os cobertores caem da cama e agora é como se eu estivesse na primeira fila, olhando para seus seios maravilhosos e para seu rosto.
– Eu não sou gentil – ela responde.
Lentamente, começamos a nos alongar uma na direção da outra, e a fricção só cresce. Nunca senti nada assim. O que só confirma que nenhuma das pessoas com as quais fiquei fizeram direito. Até agora.
Ela está franzindo a testa, concentrando suas mãos para apertar meus dois seios.
Minhas unhas deixam marcas em sua coxa.
Deve ser o ângulo que Simone criou que a faz me invadir e tocar o ponto perfeito em meu interior. Seus dedos são perfeitamente treinados.
– Ahh!
Ela atinge esse ponto outra vez e o prazer é tão intenso que um soluço se enrosca em minha garganta. E outra vez. E outra vez. Nunca na vida joguei esse jogo.
Não tenho forças para erguer o braço e tocar seus ombros. Cada vez que seus dois dedos deslizam para dentro da minha boceta, sou levada para mais perto de uma coisa que sei que vai me matar.
– Está cansada?
Tento demonstrar compaixão, mas ela responde acelerando o movimento. Minha pele começa a ser banhada em suor. Minhas mãos tentam agarrar os lençóis.
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Jogo do amor - Ódio
RomanceSoraya e Simone são completamente opostas, mas obrigadas a trabalharem juntas elas aprendem a conviver na base do jogo do amor ou ódio... Uma convivência que leva ambas a descobrirem sentimentos que antes não eram sequer possíveis e que transforma a...