Starbucks segunda feira 15:41:
– Soraya, você tem que se acalmar até sexta. Sua apresentação foi ótima. – Rodrigo me diz pela terceira vez.
– Eu sei, mas será que eu fui a melhor? Será que as minhas ideias foram realmente boas? Será que os cálculos estavam certos? E se eles acharem erros?
– Respira, você parece qua vai desmaiar – Me abana com as mãos.
– Pacheco... Por que você sempre é legal comigo? – Falo sentindo a falta de ar.
– E-eu... Eu gosto de você, Soraya – Ele parece perceber que preciso de um abraço. – Vem aqui – Me puxa e eu coloco minha cabeça em seu ombro.
– Você gosta de mim como sua amiga, não é?
– Soraya... – Sua voz desliza e morre.
Com o silêncio pairando sobre nossas cabeças, eu me permito fechar os olhos por alguns segundos para pensar e não sair correndo.
Sinto seus lábios tocando os meus. Meu cérebro para e meu coração acelera.
Me afasto com tanta pressa que só tenho tempo de ver a cara confusa da Simone na entrada da cafeteria.
Ela fuzila Rodrigo com todo ódio do mundo e depois olha para mim. Sai sem nem permitir que eu me explique.
Corro atrás dela.
– Simone, espera! – Consigo alcançar e puxar seu braço.
– O que você quer de mim, Soraya? O que?
– Me desculpa, Rodrigo se enganou e e-eu...– Minhas palavras morrem quando percebo que ela está chorando. – Sisi, por favor... Ele se confundiu
– Ele se confundiu? E essa confusão fez você se deitar em seus ombros? – Sua voz está falhando. – Você sempre faz isso, as coisas apertam e você corre para o Rodrigo.
Ela se volta para seu carro. Corro e paro na frente dela.
– Espera, Simone. Não pense que eu gostei disso, por favor. – Tento tocar suas mãos mas ela se esquiva. – Eu amo você e só você.
– E por que, por quê você não confia em mim? Sempre procura outra pessoa para te consolar? Eu estou aqui, caramba – Ela funga e se derrama em lágrimas – Eu prometi que nunca mais ia te machucar, só esqueci de pedir para você prometer também.
– Sisi... Isso não foi culpa minha – Agora meus olhos que estão perdidos em um oceano.
– Ela tem razão Simone, eu peço desculpas, eu me confundi, não sabia que vocês estavam realmente juntas e me confundi – Rodrigo fala desesperado.
– Some da minha frente, Pacheco. Eu sempre soube que essa sua carinha de bom moço e favores de bom grato para Soraya era tudo disfarce. – Sua voz está tão raivosa que temo por Rodrigo.
– Eu sinto muito – Lança seu olhar para mim.
Eu não sei em que momento a raiva da Simone aumentou, mas eu pude ouvir o estralo que sua mão fez no rosto dele.
– Simone, pelo amor de Deus – digo assustada.
– Some da minha frente, Pacheco. – Ela grita – Vocês dois.
Ela entra no carro e sai mais rápido do que um ladrão em fuga da polícia. Olho para o lado e Rodrigo se encontra perdido, me aproximo e o ajudo já que ficou com um corte no lábio.
– Me desculpa por isso, Pacheco. – Passo a mão por seu rosto avermelhado.
– Tudo bem, a culpa foi minha. Sinto muito por ela ter ficado chateada com você.
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Jogo do amor - Ódio
عاطفيةSoraya e Simone são completamente opostas, mas obrigadas a trabalharem juntas elas aprendem a conviver na base do jogo do amor ou ódio... Uma convivência que leva ambas a descobrirem sentimentos que antes não eram sequer possíveis e que transforma a...