13.

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MELISSA.

Fui embora porque não me desce, não me desce, não entra na porra da minha cabeça um homem que foi abandonado, ABANDONADO caralho, ficar atrás de uma mulher que não fez nada por ele.

Vai tomar no cu mas hoje ele ia me ouvir como nunca ouviu ninguém, eu estava no bar enchendo ele de mensagem mas como sempre não obtive nenhuma resposta.

Ele ignorava as ligação e não respondia as mensagens, muito menos visualizava, o ódio estava me corroendo.

Subi na moto e pedi para que me deixasse na porta da casa dele, já estou cansada da Ágata aqui e olha que não tem nem uma semana que ela voltou e a palhaçada deles dois já voltou.

Desci da moto e abri a porta que ele sempre deixava aberta principalmente quando a favela estava tranquila, subi para o quarto de cima e ele estava deitado na cama como se nada tivesse acontecido e tivesse tudo tranquilo.

Duarte: Tá fazendo o que aqui? — ele sentou.

Melissa: Vim saber que palhaçada é essa! — bati a porta do quarto.

Duarte: Tá achando que é quem? — ele me olhou.

Era nítido que ele estava transtornado mas pra mim pouco importava, eu queria que ele se colocasse na porra do lugar dele.

Melissa: Você tá atrás da Ágata? — gritei. — De novo Duarte?!

Duarte: Garota, vai embora daqui e some! — ele levantou da cama e abriu a porta do quarto.

Melissa: Eu não vou pra lugar nenhum sem uma explicação!

Terminei a frase e um tapa atravessou o meu rosto que me fez cair na cama sem mais e nem menos.

Duarte: Que explicação você quer?

As lágrimas escorreram no meu rosto.

Melissa: Por que caralhos você tá atrás dessa garota? — gritei.

Duarte: Quer apavorar o bagulho? — ele me olhou sério. — Fala baixinho.

Ele me empurrou contra a parede e me acertou um soco, senti meu corpo estremecer me deixando mole e senti o mesmo ser jogado para o canto do armário.

Duarte: Quantas vezes eu vou falar que eu não quero mais nada com você, você não é e nunca vai ser a minha mulher, não passou de uma comidinha nas horas vagas.

Melissa: Eu te...

Duarte: Cala a boca porra!!

Ele gritou parecia um monstro e cada palavra dita doía na minha alma e no meu coração, doía demais saber que o homem que eu amava não estava nem aí pra mim e que não me via como nada.

Mas ele podia me bater o quanto quisesse, ele não ia ficar comigo mas também não voltaria pra ela de jeito nenhum.

Melissa: Por que ela?? — gritei enquanto chorava.

Duarte: Nada disso importa pra você, vai embora!

Ele segurou com toda força nos meus braços e me jogou pra fora da casa igual um cachorro sarnento, me sentia um lixo mas um ódio muito maior consumia meu peito.

Ágata sempre teve tudo o que quis inclusive o homem que sempre fui apaixonada mas ela ia se fuder dessa vez porque se eu não fosse feliz ao lado dele, ela também não iria ser.

Um espaço, um lugar era tudo o que eu queria, ele podia ter ela mas ele sempre ia ser meu marido quem ficou esses 5 anos fui eu, FUI EU!

Subi na moto e fui pra casa, queria descansar, queria respirar, meu braço estava marcado pela força que ele tinha me puxado, eu esperava que o meu rosto não estivesse.

Cheguei em casa e eu só conseguia pensar em uma única forma de infernizar a vida desses dois caso voltassem, entre lágrimas e o efeito que o álcool já tinha feito, eu dormi.

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