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ÁGATA.

Uma festa, a favela estava uma festa completa, movimentação de moto, bares tocando música alta e eu desci no endereço onde o Ptk havia me falado pra descer e ele já estava lá.

Todo de preto, muito lindo, aí gente eu juro que homem maravilhoso era aquele na minha frente, uma perfeição em forma de gente.

Ele pagou o mototáxi e eu desci da moto indo na direção dele.

Ptk: Como você tá linda princesa. — ele me cumprimentou com um beijo na testa.

Ágata: Obrigada... — dei um sorrisinho sem graça.

Ptk: Quer beber alguma coisa pelos bares daqui ou o que? — ele perguntou.

Ágata: Eu honestamente não sei, nunca saio muito por aqui, fica difícil saber o que tem pra fazer.

Ptk: O mirante tem uma vista pica, acho que você vai gostar!

Ele caminhou até o carro e eu fui atrás dele abrindo já a porta para eu entrar, no banco traseiro tinham uma glock e eu neguei com a cabeça.

Por que diabos no meu caminho só aparece criminoso? Não consigo entender!

Entramos no carro e ele deu partida enquanto dirigia colocou uma das mãos na minha coxa e fomos conversando praticamente o caminho inteiro.

Não vou mentir que o papo estava bom e eu já tinha esquecido do mundo do lado dele, acho que o me faltava era isso, um momento fora daquele morro.

Subimos para o mirante e eu esqueci como a Rocinha era uma favela enorme, meu Deus isso era o mundo.

Assim que chegamos ele adaptou a glock na cintura e entramos pra curtir alguma coisa na noite de hoje, tinha que ter alguma coisa pra fazer.

Estávamos em um espaço um pouco reservado mas que tinham alguns bandidos a nossa volta e umas mulheres, eu estava sem acreditar que ele tinha me trazido de primeira pra um ambiente assim, quem me visse com ele ia pensar que eu era alguma mina que ja estava no porte dele.

Deus me ajude.

Ptk: O que você gosta de beber morena? — ele perguntou.

Ágata: Normalmente bebo whisky com as meninas ou gin, sei lá.

Ptk: Bebe o que eu beber então? — ele me olhou.

Assenti com a cabeça e ele pediu algum combo que eu não tinha entendido do que era para o garçom, também não fazia diferença.

Hoje eu ia curtir sem pensar nem um pouco no que se passava em Vidigal.

Ele me puxou pela cintura e me trouxe pra pertinho dele mesmo de costas pra ele permaneci grudadinha ali.

Moreno, alto, tatuado e bem forte, aiiii que delícia era essa vida.

Enquanto dançávamos a bebida chegou ele se propôs imediatamente a fazer o meu copo, peguei da mão dele e comecei a beber.

O funk também começou a tocar disparadamente e eu que sou aceleradíssima não fiquei parada e comecei a rebolar, ele com uma mão na minha cintura continuava mantendo a postura dele.

No fim da noite, eu sabia o que aconteceria.

Xxx: Ágata? — escutei uma voz conhecida me chamar e me assustei.

Olhei para ver quem era e adivinhem, era a Kelly o que essa mona queria eu não fazia ideia mas eu não ia dar nem confiança.

Eu saio da porra do vidigal mas essa praga não sai de mim, quando eu falo ninguém acredita.

Olhei pra ela sem dar muita confiança e continuei dançando e bebendo.

HORAS DEPOIS...

O álcool foi subindo pra minha mente e já se passavam das 3h da manhã, eu estava um pouco cansada e a bebida já estava no final, eu tinha adorado curtir esse mirante.

Que lugarzinho gostoso.

Me perdi dos meus pensamentos quando ele me tocou e fez sinal para que pudéssemos ir embora, me deu a mão e foi me guiando até o carro dele.

Entramos e ele deu partida, liguei o som baixinho para que pudesse me distrair.

Ptk: Vai dormir lá hoje? — ele perguntou.

Ágata: Por que não iria? — olhei pra ele.

Ptk: Tem cara de ser cheia de graça.

Ágata: É só a cara mesmo. — dei risada.

Ele continuou dirigindo mas eu já estava zonza, só que eu não sou fraca né amor, eu ia até o final.

A casa dele era bem perto do mirante e logo chegamos, ele parou na porta da casa dele e saímos do carro.

Antes que eu pudesse pensar em entrar na casa ele me puxou e me deu um beijo, meu corpo arrepiou e me fez sorrir entre o beijo.

Beijo lento e muito calmo, passei os meus braços pelo pescoço dele como se tivesse dando um abraço, retribuindo tudo o que ele estava fazendo.

Suas mãos desceram para minha bunda e ele logo apertou, eu sabia o que ia acontecer e me afastei olhando pra ele.

Ptk: Vamos entrar, vem. — ele me deu a mão.

Abriu o portão e eu estava cambaleando, que cachaça era essa?

Ptk: Você vai procurar tomar um banho hein garota! — ele riu.

Ágata: Acho que eu to bebada.

Ptk: Fica tranquila que eu não vou fazer nada com você não, não fui doutrinado desse jeito.

Ágata: Onde fica o banheiro? — perguntei.

Ele apontou pra mim e me deu uma toalha, caminhei e tomei um banho da cabeça aos pés pra ver se curava a cachaça.

Sai do banho enrolada na toalha e fui até o quarto onde ele estava deitado na cama.

Ágata: Preciso de uma roupinha... — falei baixinho.

Ptk: Deita tranquila. — ele me olhou e sorriu.

Vesti a minha calcinha e deitei com ele, eu doida pra dar fui inventar de ficar bebada e agora o boy não me queria, que inferno.

Dormi feito anjo na ondinha do álcool.

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