Prólogo.

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ÁGATA, 5 ANOS ATRÁS.

Ágata: Solta porra, vai tomar no cu, seu filho da puta. — eu gritava e pulava enquanto meu corpo era arrastado pra distante.

A cena passava a todo tempo na minha cabeça, eu via a mulher ao lado dele, dormindo na minha cama enquanto eu estava me arriscando em função dele.

Ao ponto de perder a minha vida me envolvendo e me sujando com a vida que ele levava e que era DELE enquanto ele comia outra!

Eu já estava cansada e hoje ele ia ouvir.

Duarte: Leva, leva ela daqui!

Uns 3 homens me arrastavam pela favela, e já se passavam de 2h da manhã, mais uma vez me coloquei nessa situação, mais uma vez eu estava vivendo essa merda.

E eu não merecia isso.

Ágata: Você tem que virar homem Duarte, você nunca vai ser homem.

Não surtiu efeito nenhum sobre ele o que eu falei mas eu continuei gritei enquanto me tiravam da casa dele.

Ágata: Você pode ser chefe da boca mas nunca vai ser nada além de um merda, isso que você é.

Ele se virou pra mim parando de andar, fez sinal com a cabeça para que os buchas dele parassem, eu podia apanhar mas eu ia soltar tudo o que estava engasgado no meu peito.

Duarte: Que porra você tá achando que é? — ele me puxou. — Valeu aí mano, podem ir.

Ágata: Cansei de ficar calada pra você montar em mim e fazer o que quiser, aqui não Duarte, aqui nunca mais. — olhei sério pra ele.

Duarte: Eu não quero te bater! — ele riu debochando.

Ágata: Entende que você nunca vai ser meu pai. — falei. — Você é um merda!

A mão dele atravessou o meu rosto com um tapa e ele me empurrou no chão e o show de horror começou.

Os chutes, tapas, puxões de cabelo doíam na minha alma mas não o tanto que doeu quando eu vi o que vi.

Duarte: Ninguém mandou você vim aqui.

Eu estava mole no chão quase desmaiada, não tinha de onde tirar forças mas me levantei, eu só pedia a Deus que eu conseguisse sair dali.

Podia morrer no caminho mas não passaria mas nem um segundo ao lado daquele homem, tenho nojo do que ele se tornou depois que o poder chegou até ele.

Eu ia fazer alguma coisa e assim que ele colocou o pé fora de casa eu fiz!

Eu fugi.

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