22.

4.7K 267 8
                                    

ÁGATA.

Susanne: Irmã, olha pra mim...

Ágata: Não tem conversa, Susanne. — eu falei.

Susanne: Eu te avisei, ela deve estar puta por causa da história do Duarte.

Ágata: Problema dela. — minha mente estava a milhão. — Ela conhece o meu lado sendo amiga mas não o meu lado sendo inimiga.

Não adianta tentar dar uma de maluca pro meu lado, mina me pegou nas costas porra, no meio do beco dessa favela, se berimbolou no chão comigo depois de eu acolher e acreditar que ela era minha amiga.

A pior macumba que existe é a inveja, do que ela tinha inveja? Eu nunca ia saber porque ela veio arrumar caô comigo por causa de macho mas que eu ia dar um jeito, eu ia e foda-se.

Quer comer babado? Come porra, só não vem me perturbar com isso.

Eu estava tendo um choque de realidade, eu nunca esperava isso da Melissa, mina nasceu e foi criada comigo mas falta de aviso não foi, isso é pra eu largar a mão de ser burra.

Sempre fui disposição aqui dentro dessa favela, não era hoje que eu ia deixar de ser, se estavam esperando que eu fosse paz e desse paz pros outros, eu só queria que esperassem sentados porque maldita foi a hora que a Melissa foi me atacar.

O mesmo tanto que eu era amiga, eu conseguia me tornar inimiga em pouco tempo.

Su: Ágata! — ela tentou me segurar.

Ágata: Me solta caralho, tomar no cu! — me soltei e sai de casa.

Su: O que você vai fazer? — ela perguntou indo atrás de mim.

Ágata: Você vai saber!

Subi em algum mototáxi que estava passando e fui no beco da casa dela que ficava de frente pra uma boca de fumo, passei direto e comecei a gritar no portão.

Ágata: Abre sua cachorra, filha da puta! — gritava. — Piranha do caralho.

Os meninos que se encontravam ali começaram a olhar inclusive o fofoqueiro do Paquetá que provavelmente já ia bater no rádio pra poder avisar pro Duarte que eu estava dando show na favela.

Melissa: Vai catar o que fazer garota!

Ágata: Desce porra, desce se tu tem disposição!

Ela apareceu no portão e eu nem poupei assunto, ela me olhou com a cara de deboche e eu não tolerei, agarrei uma das minhas mãos no cabelo dela e joguei ela no chão começando a dar socos e chutes.

Ágata: Sabe o que é isso? — falei enquanto batia.

Melissa: Solta porra, tá maluca! — ela gritava.

Ágata: É pra você aprender a resolver seus caô sem me pegar pelas costas!

Uma gritaria já se iniciou no beco fazendo com que o Paquetá viesse separar, mas eu me debatia nos braços dele, ainda não estava bom o suficiente enquanto ele me puxava, eu puxava o cabelo dela.

Eu estava doida pra arrancar aquele mega hair dela todinho, quanto mais ele me puxava mais eu puxava o cabelo dela até que soltou e eu me dei por satisfeita.

Paquetá: Bora porra, acabou garota!! — ele separou.

Ágata: Cala a boca, se mete na sua vida!

Melissa: Piranha do caralho. — ela correu pra vim pra cima de mim mas o Paquetá estava na frente.

Ágata: Isso mesmo, se revela, mostra quem tu é de verdade. — gritei. — Falsa do caralho.

Paquetá: Acabou porra, se não parar as duas vai pro desenrolado agora! — ele gritou.

Ágata: Não se mete!

Ele me olhou sério e riu com deboche.

Paquetá: Ta brigando no meio da favela porra!

Melissa: Ela tá se garantindo no Duarte.

Quando ela falou isso eu não aguentei de ódio, fiquei apavorada e corri pra cima dela caindo pra dentro mais uma vez, foda-se!

Nós por Nós. Onde histórias criam vida. Descubra agora