36.

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ÁGATA.

Sai da casa dele transtornada, não conseguia pensar em nada além da conversa que eu tinha tido com ele, era incrível com esse homem entrava na minha mente em poucos segundos.

Que eu amava ele isso todos a minha volta sabiam, inclusive ele.

Isso que fudia tudo e fazia ele não desistir de nós, ele sabia que mexia comigo e acima de tudo sabia a forma e o jeito de me fazer pensar nele mas era uma perturbação sem fim.

Por um lado ele não estava errado de vim querer reclamar comigo porque eu estava lá com o outro bofe mas gente, eu era solteira e ele tinha ficado com a minha amiga.

Ai eu sei que era coisa do passado mas eu já passei por tanto ao lado dele que eu não conseguia imaginar ele de outro jeito apenas como um filho da puta que fudeu minha vida é acabou com a minha adolescência.

Mas chega de remoer passado porque desse jeito minha vida não ia pra frente, tudo o que tinha que ser falado foi e agora era aguardar e ver o que ia acontecer.

Se eu voltar que é o que eu to quase fazendo por puro amor, eu não vou ser mais a bobinha que ele fez o que quis e bem entendeu.

Mas eu acima de tudo eu precisava prezar pela minha paz, eu não ia entrar em um relacionamento pra ficar me preocupando em pagar na mesma moeda ou investigando a vida desse bofe 24h por dia como eu fazia anos atrás.

Eu já to com 20 anos, sabe a sorte de um amor tranquilo? Era isso que eu queria, se eu quisesse continuava solteira e pintando com a cara dele como estava fazendo.

Acho que era mais vantagem.

Melissa: De dia com um e de noite com outro né.

Escutei a voz da piranha da Melissa nas minhas costas e me perdi de todos os meus pensamentos.

Essa garota não cansava de infernizar a vida alheia não?

Remoçada do caralho.

Ágata: Porra, não cansa de apanhar né! — virei olhando pra ela.

Melissa: E quem vai me bater? — ele debochou.

Ágata: Acho que a porrada que eu te dei não foi suficiente né.

Melissa: Duarte virou um otario mesmo né, comendo babado... — ela riu. — Que nível nós chegamos!

Ágata: Acho que quando ele estava no seu nível, ele ainda estava mais baixo!

Melissa: No meu? Desde que ele te conheceu o nível dele já tinha abaixado mas realmente quando trocou isso por isso aí, ele decaiu totalmente.

Ágata: Vem cá Melissa, se você tá achando que eu vou te encostar, não vou sujar minhas mãos com alguém igual a você não! — falei.

Melissa: Se garante tanto no Duarte e agora tá com medo? — riu novamente.

Ágata: Coitada meu amor, da pra ver no seu olhar o quanto você é mal amada, você transpira inveja!

Melissa: Eu? — ela arqueou as sobrancelhas. — No dia que você der certo com ele, eu mudo meu nome!

Ágata: Tá amarrado todo mal que você joga na minha vida — olhei pra ela com desgosto. — Joga e jogou né porque ainda tem o tempo que se fez de minha amiga.

Melissa: Ágata, o que é seu tá guardado.

Vi a Susanne correndo do outro lado da rua e eu vi quando ela grudou no cabelo da Melissa jogando ela no chão sem dizer uma palavra apenas tampando ela na porrada.

Minha vontade era rir mesmo.

Su: Ela não vai te bater mas eu vou, vagabunda.

O show de horror começou, a Susanne era doida pra pegar a Melissa na porrada não era de hoje e acho que quando ela viu a mina me peitar não aguentou.

Surgiu das cinzas e começou a arrebentar ela todinha.

Estávamos a dez passos da casa do Duarte e ele ia escutar a gritaria então pra evitar assunto, eu tentei separar mas tomei um tapa na cara.

Novinho: Qual foi porra! — ele já chegou gritando e puxou o cabelo a Melissa.

Melissa: Essa louca da tua mulher caralho.

Su: Eu sou louca? — ela riu. — Melissa eu nunca te engoli, sou doida pra te pegar no pau.

Novinho: Susanne, nada de porradaria no morro.

Su: Cala a boca você também, é bagulho de mulher.

Mona, o bofe ficou quietinho!

Ágata: Não sei o que essa garota ainda faz aqui no morro. — falei.

Su: Filha agora quem vai falar pra você sou eu! — ela se aproximou ficando cara a cara com a Melissa.

Melissa: Tá achando que eu tenho de você garota, se liga! — ela aumentou o tom de voz.

Ágata: Fala baixinho com a minha irmã se tu não quiser tomar mais um cacete e quem vai te dar sou eu porque você ainda apanhou pouco.

Su: Não mexe com a minha irmã, onde o sangue dela pingar o meu jorra. — apontou o dedo na cara dela. — Quando tu ver a Ágata ou me ver atravessa a rua porque onde eu te achar, eu vou te tampar!

Novinho: Já chega Susanne e Ágata!! — ele puxou ela. — E tu garota rala, rala pra não ficar pior pra você!

Ágata: Parece que um aviso não basta, por isso que tu vive assim andando na sombra dos outros e sozinha porque tu é traiçoeiro e mal amada! — gritei.

Viramos as costas e saímos andando parecia que nunca era suficiente pra essa garota, Novinho largou a Melissa e fomos pra casa.

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