20.

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SUSANNE.

Ágata chegou igual foguete na casa do Novinho e nem bater na porta bateu, saiu entrando porque eu falei que estaria com a porta aberta esperando ela e assim ela fez saiu invadindo igual polícia, sem querer saber de nada.

Novinho: Eita porra, mais um pouquinho e eu penso que é os cana! — ele riu.

Ágata: Ai olha, nem joga graça que eu to estressada.

Ela tirou o salto, jogou tudo em um canto da sala e já foi doida entrando pro banheiro pra tomar um banho, minha convidada então podia fazer o que quisesse e o que bem entendesse.

Susanne: Quer uma roupa e uma toalha? — perguntei.

Ágata: Lógico né mona, ou eu vou ficar pelada na frente do seu macho.

Novinho: Meu Deus, isso é falta né! — ele riu.

Susanne: Acho que não, ela dormiu com ele.

Novinho: Como assim amor? — ele perguntou.

Se tinha homem mais fofoqueiro que o Novinho eu desconhecia, bofe sempre queria saber de tudo que acontecia, dependesse dele o morro podia até ter uma rádio só pra contar as fofocas.

Susanne: Ela estava no Duarte.

Ágata: Porraaaa, eu to aqui e to escutando tá? — ela gritou do banheiro.

Novinho: Voltaram? — ele me olhou com uma cara de quem estava doido pra saber da fofoca.

Susanne: Não sei bofe, já vamos saber o que deu. — dei risada.

Entreguei a toalha e ela saiu do banho colocando um short e uma blusinha minha, dei algo pra ela comer porque ela estava com uma carinha de ressaca que meu amor, só Jesus.

As vezes eu acho que a irmã mais velha sou eu porque sempre sou eu que dou um jeito de arrumar a baguncinha que ela faz na vida dela.

Ela sentou pra comer e começamos a fofocar.

Susanne: E aí, explica direito. — sentei do lado dela.

Ágata: Não tinha aquele moreno que estava no camarote junto com o seu bofe e ele?

Susanne: Hm. — dei abertura pra ela continuar falando.

Ágata: Pois então, tudo começou porque ele foi do lado de fora da festa e a gente quase ficou, nesse momento o Duarte chegou igual bala, saiu me puxando e me jogou dentro do carro dele.

Novinho: Você ia ficar com o Ptk?

Ágata: Ele mesmo. — ela balançou a cabeça e deu uma garfada na comida.

Susanne: Menina eles são parceiros. — falei surpresa.

Ágata: Ai eu vou lá saber, caiu na rede é peixe.

Demos risada e o Novinho só na fofoca.

Ágata: Chegou na casa dele ele quis discutir mas eu estava bêbada e fui dormir, aí hoje eu acordo com ele querendo pa pra cima de mim, coloquei ele no lugar dele e vim embora.

Novinho: O amigo mudou, papo reto Ágata!

Susanne: Ágata, você conhece a peça.

Ágata: Eu vou fingir que não ouvir irmã porque eles sempre acobertam um ao outro.

Novinho: 5 anos que tu ficou longe e ele nunca esqueceu de você.

Ágata: Pois agora vai ter que esquecer, quero distância! — ela deu ênfase.

E tá errada? Não tá não, ela comeu o pão que o diabo amassou do lado do cara e ainda foi corna, tem que mais é que viver pra ela, minha irmã é nova demais pra sofrer por um cara que já tem carcaça.

Se não tomou jeito antes foi porque não quis, não soube valorizar e perdeu infelizmente é assim!

Sorte eu dava mesmo porque o Novinho era super tranquilo e nunca me deu trabalho em relação a mulher mas comigo era um olho na missa e outro no padre.

Porque eu vi o que minha irmã passou e a história não ia se repetir comigo não, eu saia por ai dizendo que não tinha nada com ele e que a gente só ficava mas se dependesse do gostosão já tinha me assumido a tempos e me colocado como fiel.

Mas pra isso acontecer muita água tinha que rolar embaixo da ponte.

Coloquei um filme pra assistir na televisão e ficamos assistindo, Novinho se arrumou e foi pro plantão.

Susanne: Quando quiser ir embora me avisa irmã!

Ágata: Eu to tranquila, vamos assistir e na hora que tu quiser vamos!

Susanne: Tá bom.

Nós por Nós. Onde histórias criam vida. Descubra agora