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ÁGATA.
2 dias depois.

Tenho dormido em casa sozinha desde a última palhaçada que eu fiz mas preocupada eu não estava enquanto uma satisfação não estivesse na minha mesa, ia ser disso pra pior e foda-se.

Isso tem cheiro de mulher, gosto de mulher, nome, perfume, e sabor feminino.

Paciência eu não tenho e ele pode ficar revoltadinho o quanto ele quiser ficar porque eu honestamente estava cagando na cabeça dele e eu pretendia continuar.

Coitado se ele pensa que tem alguma otária aqui.

Desci para fazer um almoço porque hoje minha irmã ia vim aqui em casa almoçar comigo, ia fazer algum strogonoff mas não tinha ideia se seria de carne ou de frango.

LIGAÇÃO.

Su: Fala mona.

Ágata: Irmã, passa no mercado e traz um quilo de carne pra strogonoff.

Su: Ai porra, me chama pra comer e não tem as coisas pra fazer!

Ágata: Garota linguaruda, pois traga o refrigerante também, quero nem saber.

Su: Porraaaaa.

ENCERRADA.

Susanne só sabe reclamar cara, só sabe reclamar a única coisa que ela sabe fazer é isso, ainda acha que eu vou fazer o negócio pra encher o rabo dela e tá reclamando.

Enquanto ela não chegava, eu ia adiantando o que podia porque depois era só fazer o strogonoff então comecei a picar os temperos.

Alho, cebola, essas coisas essenciais que não pode faltar, não existe comida sem alho e cebola pra mim, não existe.

O que dá gosto na comida é isso, já ia fazendo o arroz também porque quanto mais adiantasse melhor seria pra mim porque depois era só o strogonoff.

Lavei minhas mãos e comecei a bater o alho pra fazer o arroz, liguei o fogo, refoguei o mesmo e joguei a água, deixei em fogo baixo enquanto esperava porque eu acho que deixa muito melhor e não é por nada não, minha comida é muito da gostosa.

Fez e lavou porque se eu for acumular louça, to fudida aqui em casa.

Deixei o arroz no fogo e nada da piranha da Susanne chegar em casa, liguei a televisão da sala e sentei pra assistir até que escutei um barulho na porta e achei que fosse a Susanne.

Ágata: Porra, finalmente chegou em casa né. — olhei pra trás e era o Duarte.

Duarte: Garota, me deixa quieto.

Ágata: Tá estressadinho né? — dei risada.

Duarte: Ágata, quero nem olhar na tua cara papo reto legal mermo.

Ágata: Engraçado.

Duarte: O que Ágata? — ele respirou fundo e me olhou. — Fala.

Não sei até onde ele pretendia continuar mentindo e achando que ia me levar enganada ou até quando ele ia continuar achando que eu não sabia de nada.

Porque eu tinha o print na minha mão mas não tinha mostrado porque eu queria escutar o papo reto dele mas já que não ia acontecer, eu teria que falar.

Desbloqueei meu telefone fui na página indo em direção a postagem e virei o telefone pra ele.

Ágata: Vai continuar me escondendo? — ele me olhou.

Duarte: Quer acreditar em internet? — falou. — Acredita!

Ágata: Então fala pra mim onde você estava no dia do baile se não foi com essa piranha.

Duarte: Na boca! — ele gritou. — Eu tenho problemas pra resolver, você esqueceu como é se envolver com bandido? Esqueceu que tenho problemas e coisas que vão ser resolvidas e infelizmente serão prioridades antes de baile.

Meu sangue ferveu e eu fui pra cima dele, nunca tinha levantado a mão pra ele mas dessa vez eu não ia aturar não, não ia aceitar que ele achasse que estava lidando com uma criança.

Ágata: Você não consegue ser verdadeiro nunca na sua vida porra! — gritei.

O choro estava entalado na minha garganta, eu fazia o que fazia mas eu o amava e ele sabia do meu sentimento, aquela merda não ia ter postado nada daquilo atoa, NUNCA!

Ele me segurou com força e eu senti o meu braço ser apertado como nunca na minha mente veio os flashbacks de todas as brigas que tivemos no passado e aquilo me doía mais que um tiro no peito.

Senti meu corpo ser empurrado e bater com muita força na parede da sala e ele me olhava com raiva.

Duarte: Para de querer dar de maluca!

Ágata: O que você estava fazendo com ela? — gritei.

Duarte: Eu não estava com essa garota não pô!

Ágata: Para de mentir! — gritei.

Duarte: Eu não tenho motivo pra te enganar Ágata! — ele me segurava. — Tu é a mulher que eu amo!

Ágata: Você sempre me enganou!!!

Ele continuava me segurando e era nítido o quão puto ele estava, era nítido o quanto tudo que estava acontecendo deixava ele nervoso.

Ele se afastou de mim e virou as costas coçando a cabeça, era nítido o quanto ele havia mudado em relação a me bater mas foda-se essa mudança não tinha valor nenhum se ele continuasse mentindo e eu quero a verdade.

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