27.

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ÁGATA.

Não adianta nem tentar que nada hoje me tira do sério, se ele se encontrava no mesmo ambiente que eu, ele que ficasse bem quietinho e aguardasse tudo bem ciente do que estava acontecendo e de tudo o que já tinha sido falado.

Ninguém aguentava mais esse assunto e essa perseguição de quinta série.

Su: Ele te viu... — ela falou quase rindo.

Ágata: Parece coisa do capeta, onde eu to esse garoto vem atrás.

Su: Dessa vez eu acho que ele já estava aqui primeiro!

Ágata: Pois bem, vamos pra outro lugar. — levantei e ela me puxou fazendo com que eu sentasse de volta no lugar.

Mas o que tá acontecendo aqui que a minha irmã tá contra o que eu to falando de sair do mesmo lugar que esse mavambo tá?

Não é possível...

Su: Qual foi Ágata... — ela me olhou.

Ágata: O que? — olhei pra ela sem entender.

Su: Tu vai preferir fugir do que colocar os pontos nos i? — ela perguntou.

Ágata: De novo irmã? — me ajeitei na cadeira.

Su: Você não colocou nada, você não deixou ele falar, você gritou tudo o que queria e saiu saindo depois meteu a porrada na Melissa e ficou chorando. — ela me olhou.

Essa menina me conhecia como ninguém mas por mais que eu quisesse ter uma conversa com ele de verdade e saber se ia ser o fim ou um recomeço.

Acima de tudo isso e acima do meu querer, eu tinha medo.

Então eu fiz do meu jeito, o jeito fácil e rápido que não prolongaria o assunto de maneira nenhuma mas isso estava muito estranho porque ela havia me dito que eu conhecia a peça e agora estava apoiando a conversa?

Ágata: Tá querendo me dizer o que? — perguntei.

Su: Isso que você tá ouvindo. — ela me olhou sério. — Vai fugir até quando da realidade?

Minha irmã do lado desse capanga alguma coisa tinha acontecido mas eu não estava nem aí por um lado querendo ou não ela estava certa, eu sofri muito com tudo que aconteceu mas eu sofri SOZINHA.

Não teve amizades, não teve ninguem ao meu lado e muito menos ele pra me proteger e me acudir como disse que sempre faria e eu fiquei mal como nunca tinha ficado em toda minha vida!

Su: Negócio é chegar e dar o papo reto logo Ágata.

Ágata: Tá bom, vou pensar mas o que houve contigo hein? — perguntei desconfiada.

Su: Não é que eu te apoio com ele mas sei como você fica feliz do lado desse traste! — ela riu.

Ágata: Pelo amor de Deus né Susanne — revirei os olhos.

Su: Você sabe que é!

Ágata: Também não é pra tanto! — falei.

Ela riu e eu sabia que em partes ela tinha toda razão, eu era muito feliz ao lado dele mesmo com as merdas que eu tinha que fazer em função desse amor perdido mas eu que não queria me ver de novo nessa situação.

E isso me deixava com um pé atrás, tudo bem que agora eu era uma mulher e muita coisa tinha mudado, anos se passado e as pessoa podem sim mudar.

Mas eu não quero passar de novo por tudo que já passei, NÃO QUERO!

Ágata: Eu não vou me colocar nessa situação de novo.

Su: E nem eu quero ver você sofrer de novo.

Ágata: Então pronto, eu conheço a peça, sei que não vale um suco de manga podre.

Su: Uma conversa só, coloque os pontos nos i! — ela me disse. — Ou larga pra sempre e acaba a putaria ou vê o que vai rolar.

Assenti com a cabeça positivamente e os pedidos foram chegando, ele estava sentado bebendo com o Paquetá e o Novinho até então não tinha me perturbado.

Foquei em me alimentar que era o melhor que eu fazia no momento!

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