ÁGATA.
Já estava sentindo o álcool subindo pra minha mente e com ele a vontade de fazer xixi, por enquanto estava tudo tranquilo, tudo uma delícia, estávamos no camarote eu, a Susanne e a Kelly e nós estávamos quebrando a porra toda, chamando atenção de geral.
Nem sinal da Melissa, nem liguei muito também talvez ela não fosse vim e estava tudo certo.
Ágata: Irmã, vou no banheiro! — falei no ouvido da Su.
Su: Quer que eu vá com você? — ela perguntou.
Ágata: Conheço o caminho doida, tá tudo na maior paz.
Sai do camarote e fui indo em direção ao banheiro, já estava fazendo ate um pouco de calor, inacreditável como o álcool esquenta o nosso sangue de verdade.
Fiz meu xixi e me sequei com o lencinho umedecido que levava na bolsa porque não dava pra ficar pegajosa e nem com cheiro de xixi, aí era uo!
O calor estava tanto que eu resolvi ir lá fora dar uma respirada mas estava tão cheio que resolvi ir para um canto mais reservado onde tinha um carro estacionado e me encostei nele para mexer um pouco no Instagram.
Xxx: Tá perdida morena? — uma voz masculina me assustou.
Era um homem e que homem era aquele meu Deus, gostoso, alto, moreno, tatuado, estava todo de branco, calça branca e uma blusa branca que deixa amostra uma parte do seu braço que era todo tatuado.
Assim eu ficava toda derretida mesmo.
Ágata: To não, você tá o que? — perguntei. — Me seguindo?
Xxx: Jamais, vim só tomar um ar mas me deparei com uma mulher dessa sozinha, vim saber se era algum problema.
Desci o meu olhar pra cintura dele e vi o cinturão, era bandido, ai meu senhor só aparecia isso no meu caminho mas esse infelizmente eu não poderia desperdiçar.
Só um beijinho não matava ninguém.
Ágata: Você tem nome? — perguntei olhando pra ele.
Xxx: Ptk, satisfação.
Ágata: Ágata.
Ptk: Mas como faz? — ele sorriu e se aproximou.
Eu entendi o recado e me inclinei dando abertura para dar ele iniciar um beijo, ele puxou minha cintura mas quando encostamos os nossos lábios eu escutei uma voz e adivinha quem era?
Ele mesmo, Duarte. Tu ligou? Pois é, nem eu.
Duarte: Tá dando de maluca porra. — ele grudou no meu braço.
Ágata: Me solta porra! — tentei me soltar.
Ptk: Tu é casada?? — ele me olhou sem entender.
Ágata: Não, ele é um doente que acha que é meu dono. — tentei me soltar.
Duarte: Tá de boa irmão, vou resolver com ela aqui.
O menino entrou de volta pra festa, também depois de uma dessa até eu sumiria igual fumaça e não voltava nunca mais, esse infeliz que não me superava nunca
Ágata: Duarte, vai pra casa do caralho, me solta filho da puta!
Duarte: Ágata, cala a boca! — ele foi me arrastando na direção de um carro.
Pra onde ele estava me levando? O que ia acontecer? Ai eu não fazia a menor ideia, bofe com síndrome de meu dono me dava vontade de matar ele e ele sabia que eu era capaz.
Duarte não me subestimava porque ele sabia que eu era capaz de afundar um barco mesmo sabendo que eu ia me afogar também e foda-se.
Ele me jogou dentro do carro e deu partida, saiu tão acelerada que eu entrei em desespero, minha vontade era pular nele mas eu me contive, minha irmã estava ai.
Ágata: Para essa porra! — gritei.
Duarte: Cala a boca, Ágata! — ele falou.
Ágata: Se não o que??
Duarte: Não me testa!
Ele parou na rua da casa dele e me tirou do carro me jogando pra dentro daquela casa que eu já havia entrado e passado alguns tempos da minha vida dentro.
Eu não queria escutar nem a voz daquele verme mas ele insistia e hoje conseguiu porque me pegou a força e me jogou aqui dentro, tomar no cu e se fuder porra!
Duarte: Ágata, que porra você tá fazendo? — ele perguntou com a mansa.
Ágata: Eu to vivendo a minha vida Duarte, eu sou solteira! — olhei fixo para os olhos dele.
Duarte: Você é minha Ágata!! — ele me empurrou contra a parede.
Eu sabia muito bem como terminava essa história mas não queria que terminasse desse jeito.
Duarte: Já acabou com tudo por causa dessa porra desse orgulho, quer acabar mais uma vez?
Ágata: Eu não acredito que estou ouvindo isso! — dei risada. — Eu acabei com tudo ou você me traiu e destruiu tudo??
Duarte: Ágata, você é a mulher da minha vida!
Já era a milésima vez que eu escutava isso, já estava cansada dessa história e desse assunto, alguém que me traiu e me apunhalou pelas costas no momento que eu estava me arriscando por ele falar que eu sou a mulher da vida dele, eu não acredito.
Ágata: Já acabou? — perguntei. — Posso ir embora?
Eu estava bêbada não queria falar disso agora e nem no momento que eu estivesse sóbria mas pro Duarte é difícil pra ele quando recebe um não como resposta.
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Nós por Nós.
Romance📍 Rio de Janeiro, Morro do Vidigal. Perdoar e tentar de novo ou largar e não tentar nunca mais? O amor e o perdão curam tudo realmente ou as mágoas do passado ainda vão ser capazes de atormentar a mente de uma mulher desiludida ao ponto de fazer u...