16.

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ÁGATA.

Já estava sentindo o álcool subindo pra minha mente e com ele a vontade de fazer xixi, por enquanto estava tudo tranquilo, tudo uma delícia, estávamos no camarote eu, a Susanne e a Kelly e nós estávamos quebrando a porra toda, chamando atenção de geral.

Nem sinal da Melissa, nem liguei muito também talvez ela não fosse vim e estava tudo certo.

Ágata: Irmã, vou no banheiro! — falei no ouvido da Su.

Su: Quer que eu vá com você? — ela perguntou.

Ágata: Conheço o caminho doida, tá tudo na maior paz.

Sai do camarote e fui indo em direção ao banheiro, já estava fazendo ate um pouco de calor, inacreditável como o álcool esquenta o nosso sangue de verdade.

Fiz meu xixi e me sequei com o lencinho umedecido que levava na bolsa porque não dava pra ficar pegajosa e nem com cheiro de xixi, aí era uo!

O calor estava tanto que eu resolvi ir lá fora dar uma respirada mas estava tão cheio que resolvi ir para um canto mais reservado onde tinha um carro estacionado e me encostei nele para mexer um pouco no Instagram.

Xxx: Tá perdida morena? — uma voz masculina me assustou.

Era um homem e que homem era aquele meu Deus, gostoso, alto, moreno, tatuado, estava todo de branco, calça branca e uma blusa branca que deixa amostra uma parte do seu braço que era todo tatuado.

Assim eu ficava toda derretida mesmo.

Ágata: To não, você tá o que? — perguntei. — Me seguindo?

Xxx: Jamais, vim só tomar um ar mas me deparei com uma mulher dessa sozinha, vim saber se era algum problema.

Desci o meu olhar pra cintura dele e vi o cinturão, era bandido, ai meu senhor só aparecia isso no meu caminho mas esse infelizmente eu não poderia desperdiçar.

Só um beijinho não matava ninguém.

Ágata: Você tem nome? — perguntei olhando pra ele.

Xxx: Ptk, satisfação.

Ágata: Ágata.

Ptk: Mas como faz? — ele sorriu e se aproximou.

Eu entendi o recado e me inclinei dando abertura para dar ele iniciar um beijo, ele puxou minha cintura mas quando encostamos os nossos lábios eu escutei uma voz e adivinha quem era?

Ele mesmo, Duarte. Tu ligou? Pois é, nem eu.

Duarte: Tá dando de maluca porra. — ele grudou no meu braço.

Ágata: Me solta porra! — tentei me soltar.

Ptk: Tu é casada?? — ele me olhou sem entender.

Ágata: Não, ele é um doente que acha que é meu dono. — tentei me soltar.

Duarte: Tá de boa irmão, vou resolver com ela aqui.

O menino entrou de volta pra festa, também depois de uma dessa até eu sumiria igual fumaça e não voltava nunca mais, esse infeliz que não me superava nunca

Ágata: Duarte, vai pra casa do caralho, me solta filho da puta!

Duarte: Ágata, cala a boca! — ele foi me arrastando na direção de um carro.

Pra onde ele estava me levando? O que ia acontecer? Ai eu não fazia a menor ideia, bofe com síndrome de meu dono me dava vontade de matar ele e ele sabia que eu era capaz.

Duarte não me subestimava porque ele sabia que eu era capaz de afundar um barco mesmo sabendo que eu ia me afogar também e foda-se.

Ele me jogou dentro do carro e deu partida, saiu tão acelerada que eu entrei em desespero, minha vontade era pular nele mas eu me contive, minha irmã estava ai.

Ágata: Para essa porra! — gritei.

Duarte: Cala a boca, Ágata! — ele falou.

Ágata: Se não o que??

Duarte: Não me testa!

Ele parou na rua da casa dele e me tirou do carro me jogando pra dentro daquela casa que eu já havia entrado e passado alguns tempos da minha vida dentro.

Eu não queria escutar nem a voz daquele verme mas ele insistia e hoje conseguiu porque me pegou a força e me jogou aqui dentro, tomar no cu e se fuder porra!

Duarte: Ágata, que porra você tá fazendo? — ele perguntou com a mansa.

Ágata: Eu to vivendo a minha vida Duarte, eu sou solteira! — olhei fixo para os olhos dele.

Duarte: Você é minha Ágata!! — ele me empurrou contra a parede.

Eu sabia muito bem como terminava essa história mas não queria que terminasse desse jeito.

Duarte: Já acabou com tudo por causa dessa porra desse orgulho, quer acabar mais uma vez?

Ágata: Eu não acredito que estou ouvindo isso! — dei risada. — Eu acabei com tudo ou você me traiu e destruiu tudo??

Duarte: Ágata, você é a mulher da minha vida!

Já era a milésima vez que eu escutava isso, já estava cansada dessa história e desse assunto, alguém que me traiu e me apunhalou pelas costas no momento que eu estava me arriscando por ele falar que eu sou a mulher da vida dele, eu não acredito.

Ágata: Já acabou? — perguntei. — Posso ir embora?

Eu estava bêbada não queria falar disso agora e nem no momento que eu estivesse sóbria mas pro Duarte é difícil pra ele quando recebe um não como resposta.

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