Nós por Nós.

42.

SUSANNE.

Eu tinha que sair cedinho de casa porque eu ia de surpresa lá no Novinho, eu estava com saudade dele porque desde a última saída ele tinha me dito que ia de missão pra resolver alguma coisa pro Duarte e que era melhor que eu não encontrasse ele.

Mas eu sabia que ele estava dormindo em casa, então já tinha passado da hora de eu encontrar com o meu menino, levantei da cama rápido e fui até a parte de baixo da casa para tomar um café.

A Ágata estava na cozinha preparando alguma coisa para comer e eu dei um sorriso pra ela que logo retribuiu.

Su: Bom dia neguinha. — sorri.

Ágata: Bom dia meu amor!!!

Ela veio até mim e me deu um beijo na testa, eu logo sentei na mesa porque estava com muita fome, muita, muita fome mesmo.

Su: O que você tá fazendo pra comer hein? — perguntei.

Ágata: Eu vou comer um pão com ovo e suco de maracujá, tu quer?

Su: Lógico que eu quero, to varada de fome!

Ágata: Eita eita. — ela riu. — E a senhora vai pra onde logo cedo?

Su: Vou no meu bofinho.

Ágata: 10h da manhã Susanne, pelo amor de Deus.

Su: O que tem? — arqueei as sobrancelhas. — Eu to com saudade.

Ágata: Ai pronto, não vou falar nada.

Ela se virou para o fogão e voltou a fazer a os ovos, cortou os pães e colocou os mesmos dentro do pão.

Colocou os copos na mesa e trouxe pra mim o prato com o pão pronto, se sentando ao meu lado para que comêssemos juntas.

Ela começou a comer e eu comi também.

Su: Mas e aí? — olhei pra ela.

Ágata: O que gente?

Su: Como estão as coisas?

Ágata: Ah irmã, você sabe né por enquanto tudo tranquilo mas minha mão no fogo mesmo eu não coloco, eu não vou me deixar levar de novo.

Su: Gente, uma chance você não dá pro bofe mostrar para o que veio! — falei.

Ágata: Confiança não se constrói desse jeito não!! — ela me olhou. — Vou te lembrar que ele já quebrou a minha diversas vezes.

Su: Tá bom então, contigo mesmo.

Terminei de comer e levantei fazendo com ela já me chamasse de volta.

Ágata: Eu não vou lavar sua louça não bonitinha.

Su: Aiii mana. — fiz carinha de choro.

Ágata: Não tem mana não, quer ser mulher de bandido mas não quer lavar uma louça?

Dei risada e revirei os olhos indo em direção a pia para lavar o que estava sujo, lavei rapidinho e coloquei no escorredor, dei um beijo na testa dela e sai correndo pela porta.

Subi no mototáxi e fui até a casa do Novinho rapidamente, queria matar a minha saudade e assim que cheguei a porta já estava aberta e ele estava na cozinha.

Su: Vida! — corri para os braços dele que me deu um sorriso.

Novinho: Oi princesa, bom dia! — ele me deu um selinho.

Su: Como estão as coisas? — perguntei olhando pra ele.

Novinho: Por enquanto to preocupado to com algumas coisinhas aqui da favela mas está tudo bem!

Ficamos conversando por um tempo e eu sentei no sofá da sala enquanto adiantava algumas coisas na casa dele.

Xxx: Novinho!

Uma voz feminina entrando pela porta da frente da casa me chamou atenção, me fazendo voltar o olhar para a porta.

Su: Que porra tu tá fazendo aqui?