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ÁGATA.

Chegamos na bendita whiskeria e o lugar já estava mais do que lotado, paramos de uma mesa que era um pouco afastada mas de longe vi o Duarte que estava parado com uns amigos mas não prestei muita atenção.

O garçom logo veio na nossa direção para nos atender e a Su começou a se animar, gostava de ver ela assim sorridente e feliz parecia que mesmo com tudo o sorriso dela nunca iria sair do rosto.

Su: E aí irmã, o que vamos beber essa noite? — me olhou rindo.

Ágata: O de sempre né bonitinha. — ri.

Meu bom gin, com energético de melancia e gelinho que era o que me fazia feliz em todos os momentos de curtição.

Su: Um combo do gin rosa. — apontou no cardápio.

Peguei meu celular dando umas vasculhadas nas redes sociais e comecei a olhar primeiramente os comentários das fotos é tudo mais que já estava bombando mais do que tudo.

Escutava a música de fundo e me perdi do celular quando escutei a Susanne me chamando desesperadamente igual uma louca.

Ágata: O que foi garota!! — falei nervosa.

Su: Olha quem já se atirou pra mesa do teu marido. — apontou.

A vagabunda da Melissa que não se cansava de tomar surra mas hoje ela não ia ter o que queria não, que era me tirar do sério, eu ia manter a minha postura bem bela.

Su: Ágata, hoje não. — falou me olhando sério.

Ágata: Mona, você acha que vou dar o gostinho que ela quer? — neguei com a cabeça.

Su: Vai fazer o que? — perguntou.

Ágata: Senta e assiste. — sorri.

Su: Ágata!!

Sai desvairada pra mesa do Duarte e parei na frente dela olhando de cima abaixo que me olhou com um sorriso frio de deboche e eu sabia que a todo custo o que ela queria era me tirar do sério mas se ela achou que eu ia descer do meu salto lindo pra meter a porrada nela, ela estava enganadissima.

Melissa: E aí sócia. — sorriu.

O que me impressionava na Melissa era que essa cobra não cansava de fazer inferno na vida dos outros, não cansava de ser escorraçada, humilhada e tratada feito cachorro sarnento.

Porque meu amor se ela se cansasse nem aqui ela metia a cara, e pra piorar ainda tinha a ousadia de falar como se fosse alguém, como se tivesse algum direito de debochar e de se sentir por cima.

Paquetá: Isso não vai dar certo... — falou.

Ágata: Será que tu vai ter que perder esse mega loiro tão lindo pra tomar vergonha na cara Melissa? — olhei pra ela.

Novinho: Não vai mesmo. — levantou vindo na minha direção.

Ágata: Não não, você nem me encosta porque hoje eu sou da paz. — olhei pra ele.

Melissa: Mas você já tão poderosa assim, ao ponto de me deixar sem cabelo amor? — riu.

Ágata: To doida pra ver você perder esse risinho.

Melissa: Logo eu? — negou com a cabeça. — Tem um ditado que diz que quem ri por último, ri muito melhor Ágata.

Ágata: Acho que a última risada não vai ser sua não.

Melissa: Isso é o que nós vamos ver.

Ela me irritava, o ar de superioridade, como se realmente tivesse vantagem sobre algo me tirava do sério, a voz, tudo!! Ja sentiram tanto ranço de alguém que ficou desse jeito? Pois bem, eu peguei dessa mulher.

Agarrei ela pelo braço com força fazendo com que ela desse um gemido fraco de dor por sentir a minha unha encravar na sua pele.

Melissa: Me solta louca! — falou se debatendo.

Duarte: Ágata, aqui não! — levantou me puxando.

Ágata: Acho bom você calar a boca e nem se meter porque eu já não to boa com você! — falei.

Ele sentou pianinho igual um cachorrinho que obedece o dono e felizmente homem meu era assim, quando eu to falando senta e cala a boca.

Ágata: Você lembra do que eu te falei? — olhei pra ela. — Pois bem, eu recordo. Onde eu estiver, você não entra, onde eu chegar, você sai, se estiver passando ou andando em uma calçada e eu passar, você atravessa a rua porque onde eu te encontrar Melissa, eu vou te cacetar.

Melissa: Tudo por causa de um macho que te trai a pamparra? — me olhou.

Ela fazia de tudo e mais um pouco pra entrar na minha mente e ver até onde eu ia mas ela sabia muito bem que essa briga nunca foi por Duarte, afinal piroca existem trocentas no mundo e meu problema nunca vai ser esse.

Ágata: Você sabe muito bem que nada desse rincha nossa é por causa dele, e sim por causa da sua falsidade! — falei. — Sua cobra enrustida.

Novinho: Ágata, cessou. — tentou se meter.

Ágata: Quem te chamou aqui? — olhei pra ele.

Melissa: Me solta Ágata.

Ágata: Você não cansa? — olhei pra ela com pena. — Não cansa de ser tratada desse jeito, não toma vergonha na cara e segue o seu caminho, quer ser eu? Não já basta o que você me tirou e você ainda continua aqui nessa perseguição!

Melissa: Ágata!

Ágata: O que? Fala! — apertei o braço dela cravando a minha unha. — Toma vergonha Melissa, o que você quer que eu faça, eu não vou fazer que é brigar com você mais uma vez.

Melissa: Eu só não te quebro...

Ágata: Porquê? — gargalhei. — Você não me encosta porque você sabe até onde pode ir garota agora vai, rala!

Arrastei ela pelo braço e joguei ela do lado de fora da whiskeria como um cachorro, voltei pra minha mesa sem dizer um a pro Duarte, minha conversa com ele era em casa e aí sim eu ia resolver.

O combo já tinha chegado e eu fiz um copo começando a curtir com a minha irmã.

Su: Você é demais. — riu.

Ágata: Me ameaçou essa vagabunda! — falei.

Su: Mona?? — me olhou.

Ágata: Ela tá achando que eu me garanto porque sou mulher de traficante.

Su: Ela sabe que não pode te encostar.

Rimos e continuamos bebendo e dançando, o olhar do Duarte estava cravado em mim o tempo inteirinho, ele era muito ciumento mas foda-se, esse é o preço que se paga.

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