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SUSANNE.

Ágata: Você tá achando que eu sou o que? — os gritos eram altos do lado de fora.

Duarte: Calma aí Ágata, pelo amor de Deus, você não perde a porra da mania de ficar dando show caralho! — ele gritou de volta.

Ágata: Show? Ahhhh, então você acha que cobrar lealdade de quem você vive ao lado é show? — ela gritou. — E se fosse o contrário?

Duarte: Você não é nem maluca garota, você não é maluca!

Ágata: Mas você é né? Para um maluco há outro, não esquece disso, meu querido! — ela gritou.

Eu entrei e vi eles dois discutindo provavelmente alguma merda Duarte já tinha feito, isso era muito engraçado, não sei como eu podia ter defendido ele.

Se ele tivesse feito alguma coisa, eu não ia ficar satisfeita.

Su: Gente, pelo amor de Deus! — entrei na casa.

Ágata: Pelo amor de Deus? — ela me olhou.

Su: O que houve agora meu Deus?

Duarte: Algum desocupado postou em site de fofoca merda sobre mim e ela tá aqui acreditando! — ele falou.

Ágata: Não me tira pra maluca não Duarte, já to cansada dessa porra!!

Duarte: E quando é que você não se cansa? — ele gritou indo pra cima dela.

Ágata: Vai me bater né? — ela encarou ele.

Já estava perdida e não sabia o que fazer, eu nunca tinha presenciado uma briga deles dois porque era tudo muito no sapatinho mas agora a Ágata tinha se descontrolado realmente e com razão.

Su: Tem como deixar isso pra mais tarde? — falei.

Duarte: Tu podia voltar mais tarde pô, tá vendo que to resolvendo um problema com a mina.

Ágata: Ela vai ficar, a casa é minha! — ela gritou. — Esquece disso não porra.

Duarte: Vai tomar no seu cu garota, papo reto! — falei. — Fica com essa porra toda!

Su: Calma aí, vocês não sabem conversar? — falei.

Duarte: To tentando, vê se a sua irmã ajuda então porque só sabe gritar e avançar nos outros.

Ágata: Você vai me tirar pra problemática quando eu começar a agir como uma.

Su: Ágata... — dei uma trava nela.

Duarte: Você vai me escutar? — ele olhou pra ela.

Ágata: Tem cinco minutos pra falar tudo.

Su: Vão pro quarto, vou esperar aqui. — sentei no sofá.

Ele soltou ela e subiram pro quarto, o meu papel era apaziguar mesmo que desse merda depois e ela descobrisse que ele estava mentindo mas nada que uma conversa com calma resolvesse porque sinceramente eu não ia aguentar que eles voltassem com o pé de guerra de novo.

E pelo que eu conheço da minha irmã, ela voltou pra ele disposta a fazer inferno se ele não mudasse e se ele não fizesse nada direito, como ela já tinha começado a fazer.

Meu trabalho agora era aguardar.

DUARTE.

To a dois dias fora de casa porque de coração mermo, eu precisava esfriar minha mente pra depois analisar e voltar pra casa na paz de Deus porque o que eu menos queria era uma confusão ou uma briga pra deixar as coisas fora do lugar de novo.

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