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ÁGATA.

Eu estava a pura animação porque meu aniversário estava chegando e cada dia mais perto, eu adorava comemorar aniversário, adorava ter as pessoas que eu amava todas reunidas, isso me fazia muito feliz.

Não sabia como ia ser o meu aniversário dessa vez, dessa vez tendo o Duarte por perto seria uma caixinha de surpresas e eu só esperava que ele estivesse comigo nesse momento tão feliz da minha vida, isso que me fazia feliz.

Depois desses anos longe finalmente eu ia comemorar os meus 21 anos com a minha irmã e a minha família por perto, isso que me fazia feliz e tornava os meus dias mais e mais alegres.

Em dois dias já era a minha festa de aniversário e eu nunca estive tão animada para um aniversário como estava agora.
Acredito que eu estava assim muito pelo fato de eu ter passado anos longe de todos os que eram próximos a mim e tudo o que me fazia feliz, passei diversos aniversários sozinha ou com pessoas que não me amavam e nem tinha um sentimento verdadeiro por mim, entende?

Era tudo vazio quando eu estava longe porque por mais que eu tivesse tantas pessoas por perto, eu estava sempre sozinha porque não via ninguém que eu podia falar que me conhecia e me amava de coração e alma como tenho aqui.

Mesmo com as brigas, as confusões e tudo o que acontecia aqui todos os que estavam ao meu redor aqui no Vidigal me conheciam como pessoa e me amavam de verdade.

Afinal todos foram praticamente criados juntos e se conheciam como ninguém, cada um sabia cada passo que o outro dava, conhecia família, sabia de quem éramos filhos e quem era os nossos parentes, muita das vezes até brincamos juntos na rua então isso realmente me confortava profundamente porque eu sabia quem eram os verdadeiros ao meu redor.

No meu último aniversário a Melissa me mandou presentes, a Susanne me ligou e eu tive um pouco do contato com a minha mãe, era distante? Era, mas eu tive isso sabe.

Coisa que quando eu estive distante eu não tinha.

Su: Agataaaa!

Escutei o grito da Susanne no meu portão e me assustei ao ouvir a voz dela porque eu me perdi de todos os meus pensamentos quando ela gritou, caminhei até a porta e me deparei com ela toda sorridente me olhando.

Ágata: Ai não sei pra que esse escândalo. — falei dando espaço pra ela entrar.

Su: Nossa, você tá ficando velha, tá ficando chata, sabia?

Ágata: Porque grita? — olhei pra ela fechando a porta.

Su: Tá chata igual seu marido. — ela sentou no sofá.

Ágata: Deve ser a convivência. — debochei.

Su: E ele cadê? — perguntou?

Ágata: Por aí né, traficando, só faz isso.

Ela riu mas era verdade, o que mais ele fazia além de traficar? Nada, só era meu marido e só traficava o tempo todo, parecia que ia viver pro tráfico.
Não entendo porque tanta fissuração por algo que só destrói e atrasa a vida dele mas eu tinha largado um pouco do pé mas não tinha esquecido nada do que eu tinha pra conversar com ele.

Só ia esperar passar um pouco e voltar a falar porque eu não ia esperar o pior acontecer, ou ele largava por amor ou largava porque eu enchi a mente dele, não tinha meio termo.

Ia sair e parar de ser traficante por bem ou por mal porque eu não tinha marido pra perder não, que maluquice é essa.

Su: Mana, seu aniversário tá chegando!! — falou animada.

Ágata: Ai e você acha que eu não sei? — olhei pra ela.

Su: O que vai fazer? — perguntou.

Ágata: Sabe que eu nem sei, vou deixar tudo nas costas do Duarte porque eu não tenho mais disposição pra organizar uma festa sequer.

Su: Podia ser algo simples, sabe? — falou.

Ágata: Simples? — arqueei a sobrancelha. — Lógico que não podia ser nada simples não.

Su: Pronto, você e suas extravagâncias.

Ágata: Não linda, tem nada de extravagante, não!

Su: Então tá bom. — ela riu. — Vamos fazer alguma coisa, tomar uma cachaça.

Ágata: Vamos né, tem escolha? — ri. — Já to tomada banho vou só colocar uma roupa.

Susanne estava uma verdadeira cachaceira, já era por volta de 20h da noite e eu estava uma preguiçosa todos os esses dias dentro de casa sem fazer um nada, só cuidando da casa e desse marido meu que eu inventei de arrumar.

Tinha esquecido como a vida de casada era cansativa e prisioneira.

Subi para o meu quarto e fui em direção ao meu armário procurando alguma coisa pra usar, provavelmente íamos na whiskeria e estava um pouco frio, já providenciei meu short jeans e o meu cropped de manga longa, fiz uma mais rápido e fui em direção ao espelho para tirar umas fotos.

Coloquei minha bolsinha de lado e uma rasteirinha, tirei algumas fotos e escutei o grito da Susanne vindo lá de baixo.

Su: Vai casar? — gritou.

Me fez rir mas eu realmente demorava mesmo mas até que hoje eu estava me arrumando rápido demais pra ela querer demorar.

Ágata: To descendo já mulher! — ri. — Agoniada!!!

@agatinha: 🖤

Desci caminhando e eu estava mais do que pronta com meu short beira cu, Susanne balançou a cabeça negando e saímos de casa indo em direção a algum lugar que pudéssemos encher os córneos

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Desci caminhando e eu estava mais do que pronta com meu short beira cu, Susanne balançou a cabeça negando e saímos de casa indo em direção a algum lugar que pudéssemos encher os córneos.

Su: Quer deixar o teu bofe maluco né?

Ágata: O que eu posso fazer? — olhei pra ela. — Esse é o preço de ter mulher bonita.

Su: Exatamente.

Ágata: Sorte dele que aqui ninguém mexe porque sabe que mexer tá morto. — gargalhei. — Mas afinal bonita, pra onde vamos?

Su: Whiskeria! — falou. — Tem lugar melhor?

Ágata: Só quer saber de andar em lugar que só para bandido. — neguei com a cabeça.

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