49.

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DUARTE.

Pedreiro já tinha terminado a obra e estava tudo do jeito que eu já tinha feito e planejado na minha mente, essa garota ia ser minha mulher oficialmente agora e pra geral saber, eu não queria saber de nada.

Comprei a nossa casa, bagulho já estava esquematizado, mesmo eu querendo não dava pra ela morar ali naquela casa que sempre moramos juntos porque já estava muito visado por cana.

Pelo sim e pelo não resolvi comprar outra.

Ela se amarrava nesse bagulhos de dona de casa, se amarrava e era doida desde sempre pra ter o canto dela aqui ou fora do morro por enquanto seria aqui no morro e quem sabe mais pra frente eu não arrumava um canto pra ela na pista pra ela ter o vai e vem dela mais livre e longe dessa fofoca toda.

A Susanne já sabia e estava muito animada, deixei geral avisado, ela era sempre a última a saber mas dessa vez era coisa boa e o que eu mais queria era que ela se amarrava.

Estava tudo reformado, o chão todinho no porcelanato, eu lembro de quando ela era novinha a 5 anos atrás quando me pediu que eu desse pra ela um espaço nosso porque a única coisa que ela queria era viver em paz comigo.

Então era isso que eu ia fazer, a moto dela estava na garagem e a casa pronta todinha do jeito que eu lembrava que ela tinha me pedido.

Paquetá: Caralho irmão, tá apaixonadão nessa mulher mesmo né? — ele riu.

Su: Bofe, ele tem que estar mesmo, é a mulher dele!

Duarte: Tá ligado que como, o bagulho é o sonho da mina, ela sempre me pediu e eu nunca dei ouvidos.

Su: Ela vai ficar toda boba. — me olhou.

Paquetá: Porraaaa, ela vai surtar!!!

Duarte: Só falta tu buscar minha morena Susanne, qual papo? — olhei pra ela.

Su: Ela tá ligando aqui igual doida e eu to só ignorando.

Ri da situação, pensa numa mulher surtada já viu? Pois bem era a Ágata, qualquer coisinha ela já ficava ligando pra irmã dela e tudo mais.

Eu imaginava como estava aquele telefone da Susanne.

Duarte: Paquetá vai dirigindo, busca ela lá!

Ele assentiu e entrou no carro com a Susanne, eles foram a caminho da casa dela e eu fiquei aguardando no lugar.

MINUTOS DEPOIS...

O tempo foi passando e eu fiquei apreensivo, papo reto legal isso de fazer surpresinha não era do meu feitio não, não tinha costume nenhum com esses bagulho mas pela minha menina eu tinha que dar o mundo.

Logo logo eu vi o carro do Paquetá na esquina da rua e eu dei um sorriso, estava nervosão irmão que isso, que porra era essa?

Nunca fiquei desse jeito não.

Ele estacionou o carro um pouco pra trás e a irmã dela veio tampando os olhos dela.

Ágata: Pode parar com a palhaçada caralho! — ela estava gritando.

Su: Calma porra.

Ágata: Calma o que? — ela gritou. — Duarte quer me tirar pra maluca? Some não fala nada, ele vai ver só esse filho de uma puta.

Paquetá: Eita, não xinga a mãe não! — ele falou. — Porra irmão, essa sua mulher é maluca!

Duarte: Tira logo pra ela ver, tira! — falei.

Ágata: Tu tá aqui seu...

Ela ia começar a xingar mas logo se calou quando viu tudo o que estava na frente dela, ficou totalmente sem reação.

Ágata: O que é isso? — ela perguntou sem entender.

Duarte: É seu minha vida. — entreguei as chaves na mão dela.

Pulou no meu colo e começou a chorar instantaneamente, ela me abraçava e eu dava muita risada enquanto apertava ela e segurava ela em meus braços.

Ágata: É meu né? — ela começou a chorar.

Duarte: É nosso!

Ela me beijou e eu dei um sorriso entre o beijo mas logo foi interrompido porque ela começou a chorar, era sinistro ver ela tão bem agora e tão feliz vendo que finalmente eu estava conseguindo dar e fazer o que eu não fiz por anos.

Su: Antes de surtar, procura saber! — falou.

Ágata: Para, me deixa! — ela fez bico.

Paquetá: Mina maluca porra!

Duarte: Deixa minha menina vocês.

Ela saiu abrindo a porta e olhando tudo, correndo igual criança o sorriso estava estampado no rosto e eu estava mais do que feliz por poder dar essa alegria pra ela.

Ágata: Vai ser nessa laje mesmo! — ela gritou.

Paquetá: Vai ser o que?

Su: Também quero saber! — ela riu.

Ágata: Amor, hoje tem churrasco de casa nova! — ela falou. — Quero champanhe pra estourar e manda vim todo mundo porque hoje eu vou festejar!

Duarte: Você vai ter tudo o que você quiser.

Puxei ela e agarrei dando um beijo, ela agarrou meu pescoço e retribuiu o beijo.

Paquetá: Ihhh porra, a melação pra depois!

Rimos.

Su: Mandar o Paquetá providenciar tudo, quero ver essa casa cheíssima!!

Ágata: Isso aí! — ela falou. — Agora eu posso marolar!

Paquetá: Trabalho pro mano, não é pra vocês não hein!

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