47.

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DUARTE.

Já estava até pronto pra ir pro baile mano e no caminho eu bati de frente com uma mina que eu já tinha encontrado a um tempo atrás, essas mulheres somem e aparecem como algum fantasma.

Não dá pra entender.

Antes de subir na moto ela parou na minha frente e eu dei um sorriso pra ela, ela estava linda mesmo, linda, linda mesmo mas eu não podia deixar essas coisas subir na minha mente.

Pérola: Oii — ela deu um sorriso. — Quanto tempo né...

Duarte: Fala tu morena. — cumprimentei.

Pérola: Eu senti saudades!

Duarte: Tu foi embora pô! — falei.

Pérola: Não, nada disso! — ela riu. — Você se envolveu com aquela loira piranha do caralho e largou todo mundo mas eu não esqueci de você não!

Duarte: Tá indo pro baile? — perguntei.

Pérola: Queria mesmo entrar na sua casa, vem!

Ela segurou a gola da minha camisa e deu um sorriso safado me puxando pra dentro.

Sem pensar ela tirou a roupa e se aproximou de mim, não vou mentir que aquilo me tentava, eu sou homem porra, tenho meu instinto.

Puxei ela pela cintura, uma cinturinha fininha, a pele macia e o perfume exalando, dei um cheiro no pescoço dela e um sorriso de canto que fez ela apertar o corpo dela contra o meu.

Apertei a cintura dela e falei baixo.

Duarte: Veste isso garota.

Pérola: O que aconteceu? — ela perguntou.

Duarte: To casado.

Pérola: Com a loira piranha? — ela riu. — Duarte, faça-me o favor, eu e você sabemos que casamento pra você nunca foi e não é impedimento.

Ela tinha razão, a um tempo atrás eu não estava nem aí se estava casado, se tinha mulher, se tinha alguém dentro de casa que devia respeito porque se tivesse me dando mole, eu já estava comendo.

Mas a Ágata não saia da minha cabeça e sei lá, esse bagulho com ela mais uma vez, eu sabia muito bem que o motivo da decepção dela comigo tinha sido por falta de lealdade e eu não queria cometer os mesmo erros de antes.

Ela me olhava com uma de pidona mas por mais que eu quisesse, eu não ia cometer nenhum erro nesse momento.

A hora estava passando e eu aposto que ela já estava puta no baile porque estava sozinha mas não estava totalmente sozinha, Novinho e o Paquetá estavam com elas.

Elas estavam em boas mãos, eu sabia que não ia faltar nada pra elas em nenhum momento e que mesmo que eu chegasse um pouco atrasado, ela ia estar lá curtindo igual porque a Agata adora curtir tudo o que pode e o que não pode.

Duarte: Vai pérola, veste tua roupinha, vamos logo! — falei firme soltando ela.

Pérola: Tá insuportável!! — ela revirou os olhos.

Duarte: Anda! — apressei ela.

Ela pegou toda a roupa e começou a se vestir.

Pérola: Deixa eu ir no banheiro rapidinho porque quero pentear meu cabelo.

Assenti e ela foi ao banheiro, voltou de cabelo penteado e então eu subi na moto indo até o baile, a hora passou muito rápido e eu não sabia que tanto de tempo eu tinha ficado com essa garota lá dentro.

Subi na moto acelerando o mais rápido que eu pude até que cheguei no baile e só encontrei a Susanne e o Paquetá.

Duarte: Cadê a Ágata? — perguntei.

Paquetá: Ralou, botei o Novinho pra deixar ela em casa.

Su: A hora que você quer chegar! — ela falou.

Duarte: Merda!

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