Gar e Rachel - Melodias do Caos

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Garfield Logan

Tenho medo de que Rachel pense que sou um tarado ou algo assim, mas não consigo deixar as minhas mãos longe dela e agarro sua coxa no banco de trás do carro.

Ela não olha pra mim mas morde os lábios, deixando seu rosto assumir um tom ruborizado.

Vejo seu peito subir e descer assim como o meu segundos depois.

Descemos do carro e Kory pagou o táxi, mas antes ele pediu uma foto nossa para mostrar aos seus filhos e fizemos essa generosidade.

Entramos no recinto de festas e Dick entregou um convite para Rachel.

-Eu já fiz uma doação e consegui o VIP pra gente, ficamos no andar de cima -apontou para a plataforma acima dos assentos de baixo, afinal estávamos em um anfiteatro.

Vejo uma plataforma daquelas em que cabem no máximo umas quatro pessoas e agarro a mão de Rachel quando entramos e subimos as escadas.

Dick e Kory vão para a plataforma junto com os demais VIPs e viro o corredor levando Rachel comigo.

-Onde estamos indo? O camarote VIP fica lá.

-Eu tenho um lugar melhor pra nós dois. -digo empurrando as cortinas vermelhas e pisando na plataforma com dois lugares.

Rachel pareceu deslumbrada da vista daqui e pensei ter visto Kory piscar pra ela do meio das pessoas.

-Aqui é..lindo. -e voltou seu olhar pra mim.

-E temos a melhor vista, noventa graus para o palco.

Não demorou muito para que a apresentação começasse, se tratava de crianças com câncer fazendo uma peça de teatro de todos os contos de fadas.

Prestamos bastante atenção, mas o perfume de Rachel tirou meu foco por alguns instantes e olhei para ela.

Cheguei um pouco mais perto e coloquei minha mão na sua cintura, inspirando o perfume de amoras do seu cabelo.

Naquele momento eu não me importei se as pessoas estavam olhando, apenas a abracei por trás.

-Eu senti sua falta.

-Eu também. -ela vira sua cabeça e me beija levemente e volta sua atenção para a peça que acabou de terminar.

As crianças saíram do palco, algumas com uma bolsa de soro ou sangue penduradas em uma aste de ferro.

Um homem entrou no palco e pelas suas vestes eu não precisei ser um gênio pra saber que trabalhava com arte.

-Todos os anos fazemos uma campanha para ajudar as nossas crianças e pacientes do câncer, para que elas tenham um futuro pela frente cheias de esperança e com vontade de viver, queria pedir que todos dêem uma salva de palmas para nosso bem feitor há mais de 30 anos, Bruce Wayne!

-Nem fudendo que o Batman tá aqui -falei olhando para todos os lados.

-Mas como ele não pôde vir, o senhor Richard Grayson, veio para representá-lo! Muito obrigado pela doação!

De repente vimos um holofote apontar para Dick e Kory.

Kory sorria, mas Dick se contentou em apenas um aceno de cabeça e levantando a mão brevemente, ele odiava ser o centro das atenções.

-Eu e todo o hospital de tratamento ao câncer agradecemos do fundo do coração pela generosidade de todos! Agora o show tem que continuar, com vocês: os três porquinhos!

Mais aplausos se estenderam no salão, Rachel de repente se virou para mim.

-Sorte que não nos sentamos perto deles, iríamos ser o centro das atenções.

-Estamos sendo, na verdade.

Como pegamos um lugar no centro, qualquer pessoa da parte de cima do anfiteatro poderia apenas virar os olhos para cá e nos ver.

Mas noto alguns olhares sobre nós e Rachel de repente fica um pouco mais contida.

Por sermos os Titans, naturalmente chamamos a atenção das pessoas, até desses ricos.

De repente dou alguns passos para trás e a puxo comigo, ainda confusa ela se vira e vem até mim para trás das cortinas.

A prendo contra a parede, nossa respiração ofegante pela adrenalina de sermos vistos.

-Você tá linda, Rach.

Não me contenho e passo meu polegar pela sua bochecha, delicadamente até que ela arfa.

Aqueles lábios naturalmente vermelhos são irresistíveis, mal tenho tempo pra pensar e ela me puxa contra si pelo colarinho.

Selamos nossos lábios com desespero, minhas mãos apertam a sua cintura e sinto seu calor através do vestido.