Gar e Rachel - Melodias do Caos

105

Rachel Roth

A gravidez tomou proporções devastadoras em questão de poucos dias, pois meu humor foi mudando gradativamente e me via hora irritada, hora carinhosa demais para o próprio bem do Gar.

Tínhamos acabado de fazer a faxina quando nos sentamos, Gar não parava de olhar pra minha barriga que havia crescido alguns centímetros desde então.

-Você sabe alguma coisa sobre a gestação de demônios, Rach?

-Em geral, demônios têm quatro meses de gestação. Mas não sei, eu ainda continuo sendo maior parte humana, devo ter seis.

Nos largamos no sofá e por alguns instantes me senti incomodada pelo suor excessivo.

-Vou tomar um banho, você vem?

Gar me olhou de uma forma curiosa e um pouco maliciosa, mas apenas sorriu e começou a tirar a camisa indo em direção ao banheiro.

-Sabe, eu não falei de uma forma safada -digo enquanto sinto a água escorrendo pelo meu corpo.

-Eu sei que não, mas quem sou eu pra recusar uma oferta tão tentadora? -ele beija o meu pescoço.

-Não sei, mas estou pensando seriamente em te fazer mais uma proposta. -beijei o pescoço molhado dele.

Senti suas mãos em minha cintura, quentes e firmes.

Peguei o sabonete e passei pelo peitoral dele, olhando diretamente para seus olhos enquanto ele engolia em seco.

Eu simplesmente amava o meu garoto de cabelos verdes.

-Sinto que estou prestes a descobrir que proposta é essa. Meu amor, você adora brincar com o fogo né? -evito seu olhar de propósito e sorrio enquanto passo a mão pelos meus cabelos molhados para retirar o shampoo.

-Digamos que eu adoro sair queimada.

Saí do box e o deixei sozinho, tendo plena consciência da sementinha que plantei na cabeça dele.

Mal tive tempo de me secar completamente quando fui surpreendida por trás, com um corpo não tão molhado se chocando ao meu.

Sinto o calor do hálito dele no meu pescoço e suas mãos agarrando a minha cintura.

-Você me deixa louco, tem noção do que me faz querer fazer quando passa por mim desse jeito? -ele chupa meu pescoço e me viro pra ele.

-Eu sei, eu sinto tudo. -o puxo em minha direção para mais perto da cama e o empurro.

Ele cai deitado, e eu me coloco por cima dele como uma leoa faminta e cheia de desejos carnais.

Gar não diz nada, apenas segura minha cintura enquanto beijo seu pescoço e faço com que tenhamos um atrito lá embaixo.

Percebo que ele reprime um gemido e me afasto, o deixando um pouco confuso.

-Você sabe o que fazer. -digo com um sorrisinho.

Num piscar de olhos, num movimento rápido demais estou embaixo dele sem fôlego e com seus olhos nos meus.

Ele levanta uma das minhas pernas e depois sinto eminentemente sua penetração, o prazer se espalhando pelo meu corpo em apenas um gesto.

Garfield sabe exatamente meus pontos de prazer, usando isso contra mim fazendo com que o atrito cause minha queda no orgasmo.

Ele se inclina, penetrando profundamente na tentativa de capturar meus lábios enquanto me vejo impotente de o beijar sem gemer.

Reviro meus olhos quando sinto que estou chegando, agarrando seus ombros, mas ele prende minhas mãos acima da minha cabeça esfregando nossos corpos de forma selvagem.

-Nunca vou me cansar de estar dentro de você, Rach. -ele falou rouco se mantendo firme na posição enquanto me preenchia de uma maneira gentil.

Sorrio, com a boca seca e meu corpo muito quente beirando ao precipicio.

Gemo ainda mais alto quando ele me estimula com os dedos, o puxando para mais perto de mim.

-Eu estou...estou chegando! -falei com a voz rouca perto do ouvido enquanto seus movimentos se tornam mais rápidos.

Em instantes minhas pernas tremem e todo meu corpo começa a amolecer enquanto sinto o resultado percorrendo cada artéria.

Gar desaba com seus últimos movimentos antes de também chegar no pico, se deitando ao meu lado.

-O que sabe sobre transar na gravidez, Rach?

-Devido a minha recente experiência?

-Exatamente. -ele me encara, curioso.

-É mais prazeroso.

-E na teoria científica?

-Transar na gravidez não é um risco, mas os hormônios das mulheres muda e elas se tornam mais....safadas?

-É exatamente esse o seu caso. Desde quando se tornou tão safada assim?

-Eu te pergunto a mesma coisa, nunca fiz nada e você vem me procurar.

-Nunca fez nada? Você me provoca até eu perder o fio de sanidade e autocontrole!

-Algo contra?

-Não, mas se vier com mais uma proposta dessas eu não vou recusar. -ele me puxou para perto, beijando minha testa.