Rachel Roth

Mais tarde naquela noite, tive dificuldades para dormir enquanto Gar estava na cozinha aparentemente tendo mais um surto criativo.

Na verdade, nem tentei dormir, pois havia descansado muito no dia anterior depois de chegar do trabalho.

Eu me sentia muito disposta na verdade e depois de hoje, confesso que quero mais um pouco.

Me levanto ajustando minha camisola demasiada curta e vermelha, caminho até a cozinha em tempo de ver ele tirar do forno uma torta e logo em seguida conferir algo no freezer.

-Problemas pra dormir, amor? -ele perguntou colocando dois pratos na mesa com talheres.

-Na verdade sim, mas senti esse cheiro e decidi que quero ver o que você aprontou dessa vez. -digo me sentando.

-Fiz uma torta vegana com brócolis e abóbora, mas com um toque apimentado.

Garfield nunca come ou faz nada carne, mas ele não se importa quando pedimos comida e o meu vem com bife, ele é um vegetariano pacífico.

Ele colocou um pedaço pra mim e outro pra ele e se sentou á minha frente.

-Cara, isso tá maravilhoso! -falei ainda mastigando.

-Rach?

-Hm?

-Eu tava pensando, talvez a confeitaria não fosse o ideal pra mim, estou pensando em trabalhar em um restaurante não muito longe daqui.

O encarei.

-Você tem dom até pra ser o chefe, Gar.

-É exatamente isso que eu tô pensando, mas eu também quero ser reconhecido por isso. -ele falou meio receoso.

-Você quer que o feitiço de aparência seja quebrado. -falei enquanto comia outro pedaço.

-É...tipo, eu sei que combinamos de recomeçar do zero como se fôssemos outras pessoas mas...eu quero ganhar o mérito pelo meu trabalho.

-Garfield, eu não sei porque você tá meio receoso de falar nisso, quando eu mesma pensei em sermos como antes.

Ele me encarou e depois sorriu, fiz um movimento com a mão na frente dos nossos rostos e desfiz o feitiço.

-Tem mais uma coisa que eu quero que você prove, baby.

Ele se levantou e foi até a geladeira, tirou algo do freezer e pousou na nossa frente.

-Bombom de travessa?

-Não é um simples bombom de travessa, eu adicionei baunilha e menta. -ele tirou uma colher e colocou na frente da minha boca.

Comi, e aquilo parecia ser o melhor doce que eu já provei, sejam quais forem os planos de Garfield naquele restaurante eu sei que ele vai ter sucesso.

Quando comemos o suficiente para estarmos satisfeitos, ele guardou tudo e eu mantinha meu copo de doce gelado nas minhas mãos.

Me sentei na mesa e apenas esperei ele vir até mim e roubar mais um pouco de doce do meu copo.

Mas entrelaçei minhas pernas ao redor da cintura dele.

Ele me encarou e logo um sorrisinho de canto se formou.

Tive a brilhante idéia de colocar um pouco de doce no peito dele e ele me encarou curioso.

Me inclinei e usei minha língua pra retirar dali, senti seu peito subir e descer e sua respiração pesar.

-Tá tentando me seduzir? -ele me perguntou com as mãos na minha cintura.

-Estou seduzindo o que é meu, algo errado?

-Não, não, não. -sua voz se tornou roucamente irresistível perto do meu ouvido e ele mordeu minha orelha de leve.

Me arrepiei e fui obrigada a deixar o copo na mesa pra o puxar pra mim, seu corpo quente sem camisa contra o meu, seu membro roçando em mim.

Em um movimento ágil ele agarrou as minhas coxas e me carregou até o quarto, mas não parou até chegarmos ao banheiro e ele me sentar na pia.

Ele não perdeu tempo, logo tirou a minha camisola pela cabeça e depois o ajudei a retirar a calcinha.

Vejo o olhar de admiração dele por todo meu corpo, todas as vezes, todos os dias me sinto desejada e eu o quero só pra mim.

Ele tira sua calça ficando apenas com uma cueca box azul, não pude deixar de reparar no volume.

Ele se aproximou denovo e segundos depois senti ele dentro de mim.

Garfield intensificou nosso contato quando separou mais as minhas pernas e me puxou para perto, me deixando quase delirante.

-Eu nunca vou me cansar de te ver aberta pra mim, Rach. -ele falou no meu ouvido e depois se afastou, mantendo contato visual.

Gosto do corpo dele dentro do meu e da sua presença, gosto de como ele me venera quando estou sem roupa, gosto de como ele me deseja.

Inclino minha cabeça pra trás quando o orgasmo veio e sinto que ele também sentiu, pois parou e se afastou.

Ele tomou um banho rápido e de repente uma mão me puxou para ir junto.

Gar beijou minha testa quando fomos deitar e me abraçou por trás, logo depois dormindo.

Gar e Rachel - Melodias do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora