Capítulo 1

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— Por quê? Por que não posso ir? Me deixe treinar! De que adianta meus poderes se não posso lutar?

A princesa gritou enfurecida, enquanto seus pais terminavam o café. Seu pai suspirou e fez um gesto para os guardas deixarem a família real a sós.

Quando saíram, ele começou a falar.

—Filha querida, você é uma princesa. Deve se manter aqui. Seu futuro marido vai precisar de você com conselhos, planos. Você deve apenas estudar.

Hana se levantou da cadeira, ainda mais zangada.

— Casar? Para quê? Para ser só uma boneca para ele? Quero lutar também, ao lado do homem que um dia vou amar, e não um qualquer.

Sua mãe forçou um sorriso.

— Querida, por favor, seja compreensiva. Amanhã teremos uma visita importante, uma decisão será tomada.

Hana se sentou novamente, desconfiada.

— Tenho certeza de que não vou gostar. Nada de bom tem acontecido.

Ela pegou um dos biscoitos e saiu da sala de jantar em silêncio, indo para o seu quarto. Lá, abriu a porta e sentou-se à mesa, coberta de livros e papéis antigos, com mapas do reino, cartografia dos mares e seu livro favorito sobre o trabalho dos caçadores de demônios.

Olhou para o espelho e viu sua espada, um presente que nunca poderia usar. Seu único dever era reger o reino um dia, não lutar. Palavras de seu pai, que ela tanto amava, mas que também a protegia de tudo.

Sua empregada entrou com um vestido azul-marinho e, com um sorriso, disse:

— Princesa, Sua Majestade pediu que use este vestido amanhã no jantar.

Hana lançou um olhar desconfiado e a empregada continuou:

— Combina com o tom de azul do seu cabelo, princesa.

Ha-na sorriu, passando a mão levemente sobre os fios frisados, e concordou.

— Sim, realmente combina, mas por alguma razão, estou com um mau pressentimento sobre esse jantar.

— Bem, vai treinar hoje?

— Sim, está tudo pronto?

— Sim, princesa, podemos ir agora.

Ha-na pegou sua capa azul clara e colocou-a sobre os ombros. Em seguida, recolheu sua espada e saiu do quarto, com a empregada ao seu lado.

Hana subiu no carro, e a empregada falou com medo:

— Princesa, e seus pais? E se descobrirem?

Hana riu baixo e olhou pela pequena janela ao responder:

— Tanto faz, vou mostrar que posso ser a melhor caçadora de demônios. E sabe o que descobri, senhora Chu?

— Não, me diga, princesa.

Hana sorriu amplamente para ela e disse eufórica:

— Quando Yung concedeu a pessoas especiais essas habilidades, também nos concedeu o território. Então, lendo o livro pela milésima vez, criei uma teoria. — ela fez uma pausa dramática e continuou em tom mais baixo — Acho que é possível invocar, trazer o território... Se isso for possível, acabar com os espíritos malignos será bem mais fácil.

— Uau, mas como criou essa teoria?

— Bem, só pensei mesmo. Estava analisando todas as habilidades conhecidas e vi que o território está dentro do índice de habilidades, porém nunca foi visto. Talvez seja uma habilidade, mas ninguém é capaz de tê-la.

Neste momento, a carro parou, e Hana saiu olhando para a vasta floresta, logo avistando seu treinador de costas, apenas a esperando.

— Ei, Ga Motak! Cheguei!

O homem mais velho se virou sorrindo.

— A princesa está pronta? Hoje o treino é sobre contra-atacar.

Hana retirou sua capa e entregou nas mãos da senhora Chu, tirou a espada da bainha e, com um sorriso, ergueu a lâmina, dizendo:

— Estou prontíssima...

Oii pessoal! Primeiro capítulo, me digam se gostaram plisss. Até breve!

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