Capítulo 47

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Leonardo caiu na pequena armadilha. Mun soube de imediato pela guarda que Leonardo conseguiu passar pela fronteira. O mais estranho, conforme o caçador relatou a So Mun, é que Leonardo veio do Norte, significando que ele passou pela Coreia do Norte primeiro. Isso fez Mun questionar o porquê, e ele logo se lembrou de uma pessoa específica que mora lá.

Mun informou a todos os representantes, que de certa forma se alegraram, pois só queriam capturá-lo o mais rápido possível. Hana estava, de certa forma, feliz. Ela queria justiça pelo seu pai, pela morte de centenas de pessoas e por Mun. Só teria que esperar mais um pouco para fazer justiça.

Hana notou que já se passaram três dias desde a discussão no seu quarto com Mun e que os diálogos que trocaram desde então foram extremamente rasos. Agora, saindo da sala de reunião após as informações que Mun trouxe, ela o chamou depois que os representantes saíram.

— Mun? Podemos conversar? — ela perguntou, nervosa.

—Agora? Eu preciso terminar minhas lições de inglês — ele disse, olhando para as mãos.

— Ah... claro... mas você podia ao menos olhar nos meus olhos?

Ele finalmente a olhou e disse:

— Da última vez que olhei nos seus olhos, você mentiu dizendo que confiava em mim.

Isso a irritou.

— Mun, será que pode esquecer isso?

— Como esquecer o fato de que sou a causa da sua falta de confiança? E o pior, eu nem sabia...

Ela engoliu seco e disse:

— Não foi você. Esqueceu que Leonardo foi o que mais enganou? Você também foi enganado!

— É..., mas agora eu tenho que ir. Até mais...

Ele virou as costas e saiu, deixando Hana sozinha, sentindo-se impotente e frustrada. A raiva e a tristeza se misturavam dentro dela, enquanto ela tentava entender como poderiam superar essa barreira entre eles.

♠️👑

Depois do jantar, mais um jantar que Mun não compareceu, Hana sentiu-se sozinha e frustrada. Decidida a aliviar a angústia, ela dirigiu-se à cozinha do palácio. Ao encontrar um dos cozinheiros, perguntou:

— Onde ficam os vinhos do meu pai?

A cozinheira, hesitante, conduziu Hana até a adega anexada à cozinha e abriu a porta, revelando prateleiras repletas de garrafas.

— Ficam aqui, princesa.

Hana entrou, os olhos varrendo as fileiras de garrafas. Ela perguntou novamente, com uma nota de desespero na voz:

— Qual é o mais forte?

A cozinheira não conseguiu esconder sua preocupação, mas respondeu com um leve tremor:

— Toda a fileira da esquerda, Princesa.

Hana pegou uma garrafa de vinho e uma das taças que tinham acabado de lavar. Ela caminhou até o jardim, onde a lua iluminava suavemente o ambiente. Sentada em um banco, ela encheu a taça e bebeu tudo de um gole só. O efeito do álcool começou a agir rapidamente, sendo a primeira vez que ela bebia.

— Ah, So Mun... somos tão imaturos ainda... — murmurou Hana, a tristeza e a frustração misturando-se com o vinho.

Ela continuou a beber, enchendo a taça repetidamente. Sua mente vagava entre os sentimentos de abandono e a responsabilidade que pesava sobre seus ombros. De repente, ela ouviu a voz preocupada da senhora Chu:

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