Capítulo 31

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—Isso significa que... — ela começou, mas Mun a interrompeu, um brilho nos olhos.

— Consigo ver o território como uma aurora boreal — disse ele maravilhado — Posso sentir a presença dos espíritos e saber onde estão.

Ha-na assentiu, compreendendo a profundidade da situação. O Yung de seu pai agora residia em Mun, tornando-o meio espírito e meio caçador.

Ha-na enxugou as lágrimas do rosto, tentando se recompor. A dor e a raiva ainda estavam ali, mas ela sabia que tinham uma missão urgente a cumprir.

— Precisamos parar os espíritos e invocá-los todos, Mun. Eles também foram enganados, como você.

Mun assentiu, embora o peso da culpa ainda estivesse em seus olhos. Ele sabia que a conversa não havia resolvido tudo entre eles, mas havia uma tarefa maior a ser feita.

— Vamos nos separar. Eu vou atrás de Ji-woo e minha irmã. Você cuide dos outros, Ha-na.

— Cuidado, Mun — disse ela, a preocupação evidente em sua voz, mesmo com a tensão ainda presente.

Os dois se separam no corredor, Ha-na de certa forma irritada e triste pela perda.

Do outro lado, alguns confiaram em Joo-yeon, sabendo que ela não mentiria sobre isso, especialmente sendo uma das que mais desejava vingança. Aos poucos, os espíritos que tinham domínio próprio começaram a se entregar.

Outros estavam incrédulos, mas perceberam que Leonardo não estava mais presente; ele fugiu assim que toda a guarda do palácio o cercou. Mesmo sendo um nível quatro, não era possível lutar contra tantos caçadores ao mesmo tempo.

Joo-yeon, mais uma vez durante a madrugada, quando poucos fogos apareciam no céu, encontra Woong-min. Com dificuldade, ela consegue soltar a espada. Ele se aproxima devagar, a abraça e dá um aviso:

— Vou invocar o espírito maligno.

Ele cumpre o que prometeu, libertando-a, mas o processo foi doloroso. Ela desmaia por alguns segundos e, ao acordar, não se lembra de mais nada. Então, ele faz uma breve explicação.

Enquanto isso, Mun correu pelos corredores do palácio, o coração acelerado tanto pela missão quanto pela recente discussão com Ha-na. Ao chegar na entrada do palácio, onde uma grande escadaria levava para fora, ele avistou Ji-woo. Ela estava encurralada por Do-whi e seus guardas.

Do-whi, com um sorriso cruel, levantava a espada para atacar Ji-woo.

— Parada, espírito maligno!

Mun correu em direção a eles, gritando:

— Pare, Do-whi! Devia invocá-la, não matá-la!

Do-whi se virou para Mun, os olhos cheios de desprezo.

— Olha só o que temos aqui... — zombou ele. — Vou matar você e depois essa aqui.

Os guardas cercaram Mun rapidamente, desarmando-o. Do-whi avançou, desferindo golpes que Mun tentou bloquear com os braços. Cada golpe era uma mistura de dor física e emocional, pois Mun sabia que Do-whi estava decidido a acabar com ele.

— Enganou todo mundo... — Do-whi rosnou, levantando a espada para desferir o golpe final.

Mun, ensanguentado e quase sem forças, olhou desesperadamente ao redor. Ele sabia que precisava de ajuda.

De repente, uma voz autoritária ecoou pelo salão.

— Abaixe a espada, Do-whi. Não o mate.

Do-whi olhou para Ha-na, que estava no topo da escadaria. Ele gritou, furioso:

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