Capítulo 61

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Ele perdeu o ar, lutando para respirar. Ele olhou para Hana, que estava ali de pé, aparentemente bem, mas ela o olhava como se fosse um estranho.

— Mãe, isso não é um casamento arranjado, né? Ele é bonito, mas não pode me obrigar a casar com alguém que não conheço.

A rainha olhou com confusão para sua própria filha.

—Hana, mas ele é seu noivo. Você o escolheu.

Ela riu, mas sentiu uma dor de cabeça e disfarçou, balançando a cabeça.

— Eu me lembraria, mãe. Eu realmente me lembraria.

Mun se aproximou dela e disse:

— Hana, isso dói... me diga que é brincadeira... diga que não é real.

Ela se afastou e disse:

— Olha, não te devo satisfação. Não sei quem você é e ponto.

A rainha olhou para Mun e disse, visivelmente preocupada:

— Mun, eu vou levá-la para o quarto... ela precisa fazer um check-up. Depois tentamos resolver isso.

As duas saíram, e Mun se viu tão perto dela, mas com absolutamente nada entre eles. Ele bagunçou o cabelo, estressado, e voltou para seu quarto com passos apressados.

So Min ajudou Hana a se sentar e perguntou:

— Estou feliz que acordou. Qual é a sua última memória?

Ela encolheu as pernas e, fechando os olhos, se lembrou:

— Eu estava no campo, estava nevando... e estava lutando contra Leonardo. Usei o fio vermelho, e o poder era insano. Me machuquei no processo e vi um rosto, mas está embaçado. Mas sei que senti tristeza.

A mãe dela soltou um "ah" baixo. Logo, o médico entrou, feliz.

— Princesa! Você acordou! Fico feliz pela família real!

O médico começou a medir a pressão, verificar os ouvidos, olhos e saliva, e logo depois os batimentos.

— Ainda estou sem acreditar. Você estava quase falecendo... mas está tudo perfeito. Sua saúde mudou drasticamente para melhor.

No fundo, a rainha não entendia como essa recuperação havia acontecido e questionou:

— Quando exatamente acordou, filha?

— Tem só uns minutos... eu senti algo aqui — ela tocou na testa — e aqui — tocou na mão direita. — algo quente e bom...

Hana olhou para o lado e viu cadernos na mesinha. Pegou alguns e viu que eram escolares. Livros de francês e geopolítica.

E um peculiar, azul com a capa aveludada. Ela abriu o caderno e passou pelas folhas, lendo seu nome diversas vezes.

A rainha disse, tirando a atenção dela do caderno:

— Eu tenho que resolver uns assuntos, filha. Vamos comemorar sua melhora, viu?

— Tá bom, mamãe...

So Min saiu do quarto, e Hana, ainda curiosa sobre o caderno, abriu a primeira página e começou a lê-lo.

Primeira página:

Para a minha safira, o amor de toda a minha vida, aquela que me ressuscitou das cinzas e me mostrou que, mesmo nas profundezas da escuridão, ainda há luz e esperança.

Página seguinte:

De: So Mun

Para: Do Hana

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