Capítulo 43

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No dia seguinte, ao perceberem que adormeceram no observatório, ambos se levantam e retornam rapidamente aos seus quartos. Hana pede a um servo que limpe o local do jantar da noite anterior.

Mun, que normalmente deveria estar indo para suas aulas, recebe a orientação de Hana para participar das reuniões antes de ir estudar, já que ele agora liderará os caçadores. Encontram-se após o café, Mun vestindo-se um pouco mais formalmente com calça preta e uma camisa social branca, os cabelos ainda úmidos do banho.

Hana senta-se à mesa e começa a reunião. Ela explica que inicialmente esperavam que Leonardo aparecesse na Coreia, mas receberam uma carta do pai de Sofia informando que ele está em algum país da Europa, o continente mais próximo da Ásia, e que em breve ele chegará à Coreia.

Tane pergunta sobre o plano de confrontar Leonardo, e antes que Hana possa responder, Mun interrompe, com a voz quase baixa e carregada de emoção.

—Noona, sei que talvez seja um pedido ousado, mas não podemos tentar invocar Leonardo? Eu preciso ver meus pais... suas almas estão com ele.

Os demais presentes na reunião começam a se alterar com o pedido de Mun.

— É um pedido ousado, sim — diz o príncipe Amara. — Ele é um mal que deve ser erradicado.

Mun tenta argumentar:

— Mas há centenas de almas em jogo, não deveríamos ao menos considerar...

— E arriscar nossas vidas no processo? — questiona Isabelle.

Mateo concorda com ela.

— É verdade. Além disso, mesmo que consigamos segurá-lo para invocá-lo, ele estará protegido por muitos outros. Nosso território também é instável, não podemos nos dar ao luxo de falhar nisso.

A discussão se intensifica entre os presentes. Hana finalmente intervém, gritando:

— Silêncio!

A sala fica quieta, e Isabelle toma a palavra:

— Hana, o pedido do seu namorado é compreensível, mas já havíamos decidido que ele deve ser eliminado. Devemos continuar com essa estratégia.

Hana, mais calma agora, lembra-se das almas dos pais de Mun e decide:

— Não. Vamos invocá-lo.

Enquanto a tensão diminuía na sala, Mun observa Hana defendendo sua proposta com determinação. Ele sente um calor intenso no peito, um amor profundo e avassalador por ela. Cada palavra que ela diz, cada gesto de apoio, faz seu coração bater mais forte. Nesse momento, ele percebe que seu amor por Hana vai além de qualquer coisa que já sentiu; ele tem a certeza de que quer passar o resto de sua vida ao lado dela, casar com ela, protegê-la.

Mun não consegue esconder o sorriso que se forma em seus lábios ao vê-la enfrentar os outros por ele. Hana, percebendo o sorriso de Mun, devolve um olhar cheio de cumplicidade e carinho. Os demais membros da reunião, no entanto, não ficam felizes com a decisão.

— Hana, isso é arriscado demais — protesta Amara.

— Podemos estar colocando todos em perigo — acrescenta Sofia, visivelmente contrariada.

Tane suspira, desaprovando, mas não dizendo mais nada.

Hana, firme em sua decisão, olha para todos na sala.

— Eu entendo suas preocupações, mas sou a líder aqui, e é minha responsabilidade tomar essa decisão. Vamos invocar Leonardo e libertar as almas que ele aprisionou. Estamos todos juntos nisso, e venceremos essa batalha.

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