Capítulo 54

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A rainha suspirou, sua voz carregada de um peso triste enquanto começava a falar:

— Há uma coisa, muito forte, mas também frágil ao mesmo tempo, que você pode usar para invocar Leonardo.

Hana franziu a testa, sem entender completamente, e a rainha continuou:

—O fio do destino, Hana. Você pode usá-lo.

Hana ficou perplexa, sua mente correndo para entender.

— O fio do destino... que me conecta com o Mun?

— Sim. Você deve inserir o fio na alma de Leonardo. Ele ficará fraco por alguns minutos, imóvel, eu diria. Então, você poderá invocá-lo.

Hana sentiu um nó apertar em sua garganta enquanto perguntava:

— O que acontece com o fio?

A rainha suspirou com pesar, seus olhos refletindo a tristeza da verdade que estava prestes a revelar.

— O fio é forte o suficiente para mantê-lo imóvel, mas também é frágil... ele se romperá. Você perderá muita força, tanta força que seu corpo sairá machucado no processo devido ao intenso poder envolvido. É um risco de morte, porém Leonardo será invocado. Hana, se ele continuar vivo, seu povo sofrerá. Ele deve morrer ou ser invocado.

Hana engoliu em seco, sentindo o peso da responsabilidade esmagando seu coração.

— O meu povo, toda a Coreia deve estar em primeiro lugar — disse Hana, sua voz baixa e trêmula.

A rainha concordou suavemente:

— Sim...

Hana umedeceu os lábios, lutando para manter a compostura, e disse baixinho:

— Sempre soube, não é?

A rainha assentiu, sua expressão cheia de tristeza. Hana sentiu o chão se abrir sob seus pés enquanto murmurava, a dor evidente em sua voz:

— Meu destino com o Mun é impossível. É um destino impossível.

As palavras ressoaram na sala, carregadas de uma tristeza profunda e esmagadora. Hana sentiu as lágrimas rolarem por seu rosto, a dor de perder seu futuro com Mun dilacerando seu coração. Ela sabia que precisava fazer o que era certo pelo seu povo, mas a realidade de seu sacrifício a deixava devastada.

A rainha se aproximou e segurou as mãos de Hana, tentando oferecer algum consolo.

— Eu lamento profundamente, Do Hana. Você é forte, mas sei o quanto isso dói.

Hana, com lágrimas nos olhos, assentiu lentamente, sabendo que não havia outra escolha. Ela precisava proteger seu povo, mesmo que isso significasse sacrificar seu próprio coração.

Hana balançou a cabeça, afastando os pensamentos sombrios, e disse com determinação:

— Não, eu vou sair viva. Mesmo que o fio se rompa, meu amor por ele vai permanecer. Vou fazer deste destino possível para nós dois.

A rainha suspirou, um sorriso de alívio surgindo em seu rosto.

— Sei que sim. Você é determinada, e eu gosto disso.

Hana sorriu pequeno uma última vez e deixou o Além. Acordou na sua cama, e Mun estava sentado na cadeira da penteadeira, esperando por ela.

— Voltou. O que ela queria? — Mun perguntou, levantando-se e sentando ao lado dela.

Hana sorriu suavemente, tentando manter a calma.

— Nada demais. Só dizendo que Leonardo é um risco que deve morrer, mas o plano de invocar vai continuar.

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